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Estadão
Publicado em 12 de janeiro de 2024 às 23:47
A Polícia Militar informou que os corpos das vítimas da queda de um helicóptero em Paraibuna, no interior de São Paulo, não deverão ser removidos nesta sexta-feira, 12. A chuva que cai sobre a região e o período noturno inviabilizaram a conclusão dos trabalhos, disse a corporação.
Em nota divulgada à noite, a PM destacou a "deterioração das condições meteorológicas" como uma das causas da não conclusão da remoção. A aeronave e os corpos foram encontrados nesta sexta-feira após uma busca que já se estendia por 12 dias. O helicóptero, que saiu de São Paulo com destino a Ilhabela, desapareceu no dia 31 de dezembro e desde então era procurado pelas autoridades.
"Policiais Militares do Comando de Aviação e do Corpo de Bombeiros permanecerão na mata durante a noite e madrugada, mantendo a preservação da área e preparando a exfiltração que ocorrerá amanhã (sábado, 13)", informou a corporação, que atua no local com três helicópteros, além de agentes em solo.
A nota diz que, "na primeira oportunidade amanhã, considerando as condições meteorológicas e o nascer do sol, será iniciada a exfiltração".
A aeronave foi localizada pelo Águia 24 em uma área de mata na região em Paraibuna. Na imagem divulgada, é possível ver uma clareira entre a vegetação. Entre as árvores, podem ser vistos alguns destroços. Segundo a PM, foi necessária a ajuda de outra aeronave para acessar o local.
"Todos que estavam à bordo estão naquela região e estão mortos, infelizmente", disse o coronel Ronaldo Barreto, comandante da Aviação da Polícia Militar, durante coletiva de imprensa realizada ainda pela manhã.
"É (uma área) fechada, densa, úmida. Ela é quente durante o dia e fria à noite. E é muito difícil de se locomover dentro dela. Há ainda muitos animais e insetos", disse ao Estadão o tenente da Defesa Civil Estadual Ramatuel Diego Dantas Silvino sobre a região de Mata Atlântica.
A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Polícia Militar procuravam pela aeronave com foco na região da Serra do Mar. Após mais de 60 horas de voo por uma área de milhares de km² que cobriu as regiões de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Serra do Mar de Caraguatatuba e São Luiz do Paraitinga, as autoridades mudaram a estratégia nessa quinta-feira, 11.
Com base na triangulação do sinal de antenas de celulares, foi definida nova abordagem. Em vez de fazer voos mais rápidos, para cobrir uma área maior, as equipes passaram a fazer voos em velocidade e altura menores, em área delimitada, segundo a PM.