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Gripe mal curada pode causar a infecção que levou à internação do papa; entenda

Papa Francisco está internado desde sexta-feira (14) para tratar uma bronquite; quadro é considerado "complexo"

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 05:30

Papa Francisco elege Pelé como o melhor jogador do mundo
Papa Francisco elege Pelé como o melhor jogador do mundo Crédito: Vatican News/ Divulgação

O Papa Francisco foi diagnosticado com um quadro de infecção polimicrobiana nas vias respiratórias, segundo comunicado do Vaticano na última segunda-feira (17). A condição, que é considerada grave, pode ser adquirida, dentre outras maneiras, através de uma gripe mal curada. No caso do pontífice, que está internado no Hospital Gemelli, em Roma, é provável que o caso tenha sido facilitado pelo quadro de bronquite, que está tratando no hospital desde o dia 14 de fevereiro.

A infecção polimicrobiana é causada por vários microrganismos, ou seja, um conjunto de bactérias atuando ao mesmo tempo no organismo. Ao atingir as vias respiratórias, essa condição pode ocasionar tosses, febre, chiado no peito, fadiga e até mesmo falta de ar.

De acordo com Nanci Silva, infectologista no hospital Aliança Rede D'Or, a condição pode acometer o pulmão, a pele, o abdômen e outros lugares do corpo. “Depende de vários fatores, como idade e se o paciente está hospitalizado. [...] Não é um diagnóstico de uma doença. Se o paciente é idoso, diabético e aspira, então há probabilidade de ele ter infecção polimicrobiana”, explica.

A infectologista esclarece que toda vez que um paciente tem uma gripe, ele passa pelo tratamento da infecção pelo vírus Influenza. Se esse paciente for diabético, obeso, fumante ou tiver qualquer comorbidade, ele pode ficar suscetível a infecções respiratórias, que podem ser causadas por apenas um organismo – seja ele um vírus, um fungo ou um parasita – ou por mais de um organismo. Desse modo, uma gripe mal curada pode facilitar a presença de outra bactéria onde já há infecção, causando um quadro mais grave.

Segundo o boletim do Papa, todos os exames analisados até segunda-feira indicaram um quadro clínico complexo. Para Nanci, o que pode ter facilitado a infecção polimicrobiana do pontífice são as condições de idade, as comorbidades e, principalmente, a hospitalização e o uso de uma série de antibióticos.

“O mecanismo básico de infecção é a aspiração. [...] Quando um indivíduo é hospitalizado e usa antimicrobianos, isso muda os micro-organismos que estão na boca, que de um modo geral são polimicrobianos. Então, consequentemente, a pessoa aspira e esses organismos vão para o pulmão, fazendo a infecção polimicrobiana”, detalha a especialista.

O grande risco oferecido pela infecção polimicrobiana é a evolução do quadro para uma sepse, que é uma infecção generalizada e sistêmica, e, posteriormente, para desconforto e insuficiência respiratória, que pode levar o paciente a óbito. Outra possibilidade é a de falência múltipla dos órgãos, que também pode ocorrer através do quadro. O tratamento da infecção é feito através de antibióticos, a depender dos diferentes tipos de bactérias agindo no organismo.