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Esther Morais
Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 10:49
Duas gêmeas não idênticas foram diagnosticadas com a mesma doença após o nascimento, mas apenas uma sobreviveu. O diagnóstico foi de miocardiopatia hipertrófica e biventricular, doença genética que causa aumento de espessura das paredes do coração. >
No mesmo dia do nascimento, Alice, uma das bebês, foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Sete meses depois, ela apresentou uma piora inesperada e morreu. A irmã, Helena, não teve complicações. >
Ainda hoje os médicos não sabem explicar porque as duas irmãs nasceram com a mesma condição, mesmo sendo bivitelinas - quando são geradas em dois óvulos diferentes. "É um mistério para a medicina, porque é uma condição genética, mas elas não eram gêmeas idênticas", ressalta a mãe das meninas, Sarah Ferreira, em entrevista para o Uol. >
"Foi muito difícil. A fé em Deus me trouxe de volta porque eu tinha outra filha pra criar e precisava seguir, mas o luto nunca passa. Não existe superar o luto, a gente fica mais forte. Demorei três anos pra conseguir falar nesse assunto", afirma Sarah. Ela conta que a gestação foi tranquila. >
O caso aconteceu há cinco anos. Apesar do tempo passado, Sarah diz que o luto continua. Além disso, Helena foi diagnosticada com escoliose e hipotonia. Ela também teve atraso no desenvolvimento, ainda hoje não fala, só balbucia, e começou a andar com quase cinco anos. >
"É um desafio diário, hoje ela faz fono, fisio, tudo para o desenvolvimento dela e ela tem evoluído bem, mas a comida ela ainda come tudo batidinho", afirma Sarah. >