Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Fotógrafa que morreu atropelada começou a correr após perder filha de 5 anos

Motorista dirigia embriagado quando atingiu duas corredoras que treinavam para maratona

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 17 de fevereiro de 2025 às 10:25

Danielle Oliveira
Danielle Oliveira Crédito: Reprodução

Danielle Oliveira, 41, morreu atropelada no sábado (15) enquanto treinava para sua primeira maratona em Campo Grande (MS). A fotógrafa havia começado a correr em 2018, dois anos após a morte de sua filha Geovanna, que faleceu aos 5 anos após ser diagnosticada com câncer renal. "Ela dizia que a primeira vez em que correu a sensação foi de êxtase, de se sentir acolhida. Era terapêutico para ela", conta a amiga Lesly Lidiane Ledesma, ao Uol.

Danielle se preparava para a maratona de Porto Alegre, prevista para junho, e treinava três vezes por semana. Lesly explicou que ela acordava cedo, treinava, trabalhava e cuidava das filhas, uma de 5 anos e outra de 18. No dia da tragédia, Danielle estava acompanhada de outros corredores quando foi atropelada por João Vitor Vilela, estudante de medicina que estava embriagado e dirigia de forma irregular. Vilela atropelou Danielle e uma outra corredora, que sofreu lesões no braço. 

Após a tragédia, amigos e familiares se reuniram para a despedida de Danielle. Durante o velório, Lesly contou que a filha caçula de 5 anos, ao saber da morte, pediu para ver a mãe e escreveu uma carta para ela. "Alguns minutos depois, ela disse: 'Quero ver minha mãe, posso ir ao hospital ver minha mãe?' A gente levou papel para ela escrever uma carta, colocar os sentimentos dela", explicou.

Em relação ao atropelamento, Lesly destacou que o debate não deveria ser sobre correr na rodovia, mas sim sobre o ato de dirigir embriagado, enfatizando que "crime é dirigir alcoolizado".

Testemunhas relataram que João Vitor estava fazendo manobras de "zigue-zague" na pista e visivelmente embriagado. Latas de cerveja foram encontradas em seu carro, e ele se recusou a realizar o teste do bafômetro. O estudante foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada durante a audiência de custódia. Mesmo com a defesa tentando reverter para prisão domiciliar, o juiz seguiu o parecer do Ministério Público.

Em protesto, amigos de Danielle se reuniram em frente ao Fórum, exigindo justiça, leis mais rígidas e a prisão do motorista responsável.