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Força-tarefa prende mais dois acusados de participação no assassinato de delator do PCC

Agora, já são três os acusados detidos pela força-tarefa montada para apurar o caso

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Estadão

Publicado em 7 de dezembro de 2024 às 12:45

Antônio Vinicius Lopes Gritzbach
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach Crédito: Reprodução

A Polícia Civil prendeu mais dois acusados de participação no assassinato do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, o delator do Primeiro Comando da capital (PCC) fuzilado na área de desembarque do aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O crime aconteceu no dia 8 de novembro. Agora, já são três os acusados detidos pela força-tarefa montada para apurar o caso. Gritzbach foi atingido por dez tiros. Uma bala perdida matou o motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais.

Na tarde de sexta-feira, dia 6, os policiais haviam detido o estudante de direito Marcos Henriques Soares Brito, de 23 anos, em sua casa. Com o acusado foram encontradas 110 munições de fuzis de calibre 7,62 mm e 5,56 mm. Elas estavam na motocicleta do acusado e em um carro que seria de propriedade de seu tio, Allan Pereira Soares, de 44 anos.

Os dois foram levados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sob a acusação do porte ilegal das munições e acabaram autuados em flagrante. Ambos afirmaram ser inocentes. A polícia desconfiava que Marcos tivesse sido o responsável por dar fuga para Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos. Coelho é apontado pela polícia como o olheiro que, de dentro do aeroporto, indicou quem era Gritzbach para os executores que aguardam o empresário do lado de fora.

Ele teria se refugiado depois do crime no Complexo do Alemão, no Rio, de onde foi obrigado a sair por ordem de traficantes da região, que temiam ver seus negócios atrapalhados por operações policiais para prender o suspeito. Quem teria trazido o acusado de volta a São Paulo teria sido o irmão de Marcos, Mateus Soares Brito, que acabou detido na madrugada de sábado pelos policiais do DHPP em companhia de um casal de cariocas.

De acordo com investigadores do caso, o casal seria amigo de Mateus e estava hospedado na casa de Allan, tio de Marcos e de Mateus. Eles deviam ser libertados ainda na manhã deste sábado, dia 7.

Já Mateus teve a prisão temporária pedida pelo DHPP. Ao depor, o acusado teria confessado que auxiliou Kauê na fuga por ter recebido essa missão do PCC. Ele disse ser integrante da facção e teria comprado telefones celulares para ajudar o comparsa. Ao todo, sete aparelhos telefônicos foram apreendidos pela força-tarefa. Além disso, a polícia concluiu que o telefone celular dele esteve ligado a uma Estação Rádio-Base na região do aeroporto de Cumbica, no dia 8 de novembro, uma hora antes do crime, o que poderia indicar uma participação direta no delito. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Mateus.

Além dele Kauê, que foi flagrado por câmeras dentro do aeroporto e contra o qual existe uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levam à sua captura, a polícia também procura Matheus Augusto de Castro Mota, um comerciante de carros suspeito de fornecer os dois veículos usados pelos executores do crime. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito.