Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 13:15
- Atualizado há 2 anos
Uma festa à fantasia de fim de ano dos funcionários da subsidiária brasileira da multinacional Salesforce, em dezembro, não terminou muito bem. Segundo a Folha de S. Paulo, três pessoas foram demitidas, inclusive o presidente da multinacional no Brasil, Maurício Prado, por conta da repercussão ruim de uma fantasia polêmica. A empresa produz softwares para gestão de clientes e marketing. Entre seus clientes estão outras empresas como Embraer, iFood e Sulamérica. (Foto: Reprodução) Um dos empregados ousou e foi fantasiado do personagem conhecido como "negão do WhatsApp". A imagem dele, ao lado de outros colegas, foi publicada no Facebook. Lá em São Francisco, nos EUA, funcionários da matriz viram a imagem e não gostaram - de acordo com a Veja, houve uma denúncia através dos próprios canais internos da empresa. Veio de lá o pedido para a demissão do empregado.>
Segundo a Folha, o diretor comercial tentou mantê-lo no cargo e a sede, então, teria decidido desligá-lo também. Até que o presidente da subsidiária tentou interferir e amenizar a situação, mas teve o mesmo destino dos outros funcionários. O argumento era que o Brasil é "mais liberal" que os EUA nessas questões, mas a matriz não aceitou.>
A reportagem diz que pessoas próximas ao caso consideraram a punição exagerada e contraditória com o discurso da empresa, de defesa da diversidade. Após a saída de Prado, o comando da Salesforce no país foi assumido por Enrique Ortegon, que dirige a operação na América Latina.>
Procurada, a Salesforce confirmou os desligamentos e disse que “os executivos trouxeram importantes contribuições para a Salesforce durante suas atuações na companhia”, mas afirmou que não comentaria o motivo da saída porque isso vai contra sua política interna.>
Concurso de fantasia Na festa de fim de ano, os recursos humanos da empresa decidiram fazer um concurso de fantasia. Os três melhores fantasiados ganhariam uma premiação - o primeiro faturaria R$ 3 mil. Participam da festa os cerca de 250 funcionários e eles mesmos iriam votar para escolher o vencedor.>
O funcionário que foi de "negão do WhatsApp" usou camisa azul, colocou uma toalha no ombro, chapeu e improvisou uma prótese que fazia as vezes do pênis do personagem. Ele ficou em quarto lugar no concurso. >
Outros dois funcionários também desagradaram com suas fantasias. Eles foram vestidos como personagens principais do filme "As Branquelas" - em que dois policiais negros se travestem de patricinhas brancas. Os dois foram suspensos pela empresa.>