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Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2019 às 13:39
- Atualizado há 2 anos
O ex-presidente Lula está sofrendo pressão familiar e da namorada, Rosangela, para que aceite cumprir o resto da sua pena em casa, no regime semiaberto. A informação é da coluna de Monica Bergamo na Folha de S. Paulo.
O pedido de progressão de regime da pena de Lula foi feito pelos procuradores da Lava Jato, como Deltan Dallagnol, na sexta-feira (27). De acordo com a colunista, Lula ainda reluta.
Em nota enviada pela assessoria do ex-presidente, a namorada de Lula afirmou que não o pressiona para ir para a domiciliar e "apoia a decisão que ele tomar".
O advogado de Lula, Cristiano Zanin, disse ontem que iria conversar sobre o tema com ele e que a defesa, que deve se pronunciar sobre o pedido, vai seguir o que quiser o petista. "Mas seja qual for a posição de Lula sobre a progressão, isso jamais poderá prejudicar o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro pelo STF, como pretende o Ministério Público, pois todo o processo deve ser anulado, com o restabelecimento da liberdade plena do ex-presidente", argumenta o defensor.
Lula já tinha decidido não pedir a progressão para o semiaberto porque ainda acredita que seus recursos podem restabelecer plenamente sua liberdade. Em nota, o advogado dele já tinha manifestado ideia similar à que repetiu ontem> “O ex-presidente Lula tem ciência do seu direito de pedir a progressão de regime e optou por não apresentar o pedido porque busca o restabelecimento de sua liberdade plena, com o reconhecimento de que foi vítima de processos corrompidos por nulidades, como a suspeição do ex-juiz Sergio Moro”.
O ex-presidente cumpre pena pelo caso do tríplex no Guarujá. A pena é de 8 ans e 10 meses de prisão. Pela lei, a progressão do regime fechado para o semiaberto pode acontecer depois de cumprido um sexto da pena - no caso de Lula, isso se completou no dia 23 desse mês.
No semiaberto, o preso trabalha durante o dia e volta à prisão durante as noites e nos finais de semana. Lula poderia ainda conseguir autorização para cumprir o que falta da pena em regime domiciliar.