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Ex-policial bolsonarista que matou petista em festa de aniversário é condenado a 20 anos de prisão

Sentença foi anunciada nesta quinta-feira (13)

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 13 de fevereiro de 2025 às 15:59

Marcelo Arruda foi assassinado durante comemoração do aniversário Crédito: Reprodução

O ex-policial bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, de 40 anos, foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda. O crime aconteceu durante a festa de aniversário de 50 anos de Marcelo, em julho de 2022, no município de Foz do Iguaçu, no Paraná.

A sentença foi anunciada nesta quinta-feira (13) pela juíza Michelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba, após decisão de sete jurados. O ex-policial foi acusado pelo Ministério Público de ser o autor de um homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil – divergência política – e perigo comum, uma vez que os tiros foram disparados em um ambiente com outras pessoas.

Relembre o crime

O agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho invadiu a festa de aniversário do guarda municipal Marcelo Arruda na madrugada do dia 10 de julho de 2022. Segundo testemunhas, Jorge chegou aos gritos de "Bolsonaro" e "mito" e ameaçou os convidados. Houve troca de tiros e os dois foram baleados. Marcelo Arruda morreu no local e Jorge José foi levado para o hospital.

Marcelo estava cantando os parabéns ao lado de dois dos filhos quando aconteceu a invasão. Segundo o Uol, depois da confusão, o guarda foi até o carro buscar a arma, temendo que agente penitenciário voltasse. Os dois se encontraram e o agente penitenciário atirou no aniversariante, que mesmo ferido revidou.

O agente penitenciário é apoiador de Jair Bolsonaro (PL) e isso teria motivado o crime. A festa acontecia na Associação Esportiva Saude Física Itaipu. A decoração usava a cor vermelha, por conta do PT, e o bolo tinha a estrela do partido. Arruda usava uma camisa com a foto de Lula. O guarda chegou a disputar as eleições de 2020 como vice-prefeito em uma chapa petista. À época, ele era tesoureiro do partido na cidade.

O presidente Lula, que no período ainda concorria às eleições, comentou o caso, lamentando a morte e a intolerância por trás do crime. "Nosso companheiro Marcelo Arruda comemorava o seu aniversário de 50 anos com a família e amigos, em paz, em Foz do Iguaçu. Filiado ao Partido dos Trabalhadores, sua festa tinha como tema o PT e a esperança no futuro; com a alegria de um pai que acabou de ter mais uma filha", escreveu.

"Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda", acrescentou.