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Estourou no bolso: entenda como um celular pode explodir mesmo sem estar carregando

Em Goiás, jovem se feriu após aparelho que estava no bolso pegar fogo

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 08:41

Jovem ficou ferida
Jovem ficou ferida Crédito: Reprodução/TV Anhaguera

O superaquecimento da bateria é apontado como a principal causa de explosões em celulares, mesmo quando o aparelho não está conectado a um carregador. O assunto ganhou atenção após um incidente ocorrido em Anápolis, Goiás, no último sábado (8), quando uma jovem se feriu após o celular que carregava no bolso traseiro de sua calça explodir enquanto ela fazia compras. O momento foi registrado por câmeras de segurança da loja, que capturaram o início do fogo.

Gabrielle Silva, especialista do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) e em parcerias tecnológicas da TIM Brasil, explica que as baterias de íon-lítio, comuns em celulares, são sensíveis a altas temperaturas. Quando o calor gerado pela bateria excede sua capacidade de dissipação, ocorre um fenômeno conhecido como fuga térmica. "Esse é um processo no qual o calor gerado pela bateria é maior do que o que pode ser dissipado, levando à combustão", afirma Silva, em entrevista ao G1. No entanto, ela ressalta que esse tipo de situação é raro, pois depende de danos à estrutura de proteção interna da bateria, o que não é comum.

Hiago Kin, presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, reforça que as baterias de íon-lítio possuem múltiplos sistemas de segurança para evitar superaquecimento. "Por isso, para o superaquecimento acontecer, geralmente é necessária uma combinação de fatores extremos", explica, também ao G1.

Entre os fatores que podem levar a esse problema estão impactos na estrutura da bateria, como pressionar, perfurar ou derrubar o celular, o que pode danificar a separação interna entre os condutores de corrente elétrica, causando curtos-circuitos e superaquecimento. Outro fator é a exposição ao calor, como deixar o aparelho em ambientes muito quentes, por exemplo, dentro de um carro sob o sol, o que pode acelerar processos químicos na bateria e desencadear uma reação descontrolada. A Anatel recomenda evitar carregar o aparelho em recipientes fechados, como bolsas, malas ou gavetas, para prevenir o acúmulo de calor.

Além disso, o uso de carregadores e baterias falsas também representa um risco significativo. Carregadores falsificados muitas vezes não possuem mecanismos básicos de segurança contra aquecimento excessivo, sobrecarga e curtos-circuitos. A Anatel alerta que "isso pode resultar em superaquecimento do aparelho, riscos de explosão, choques elétricos ou até mesmo incêndio, colocando em perigo a segurança do usuário e de quem está ao redor, podendo ser fatais". O mesmo se aplica a baterias falsas, que podem vir com a estrutura de proteção danificada, aumentando o risco de acidentes.

O caso da jovem em Goiás ainda está sob investigação, e as causas exatas da explosão do celular não foram determinadas. Enquanto isso, especialistas reforçam a importância de evitar situações que possam comprometer a integridade da bateria, como as citadas acima.