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Perla Ribeiro
Publicado em 28 de fevereiro de 2025 às 08:30
O que deveria ser um serviço para ajudar o cidadão a enviar e receber encomendas entre diferentes destinos tem sido usado como mais uma estratégia dos bandidos para a prática de crimes. Um simples envelope onde costuma ser enviado correspondências vira meio de envio de notas de dinheiro falsas, que são comercializadas na internet, de drogas e também de mercadorias contrabandeadas. Em parceria com os Correios, a Polícia Federal atuou em 1.744 ocorrências no ano passado. O destaque foi a falsificação e circulação de dinheiro falso, com 804 registros, seguida de contrabando (550) e tráfico de drogas (357). >
Mas esse número já foi bem maior. Em 2021, por exemplo, foram 4.168 ocorrências, passando para 3.487 em 2022 e para 2.653 em 2023, o que representa redução de mais de 34% entre 2021 e 2024. Agora, os Correios firmaram um acordo de cooperação técnica com a Polícia Federal para desenvolver ações integradas de repressão e prevenção de crimes contra os serviços postais e no tráfego de ilícitos. A assinatura do instrumento contou com as presenças do presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, e do diretor-geral da PF, Andrei Augusto Passos Rodrigues, que se reuniram na sede da Polícia Federal em Brasília, na tarde dessa quinta-feira (27). >
Diante das ocorrências, o investimento em segurança passou a ser uma prioridade para a estatal. Em 2023 e 2024, por exemplo, foram cerca de R$ 400 milhões investidos em medidas como contratação de escolta, rastreamento de carga e aquisição de equipamentos de segurança. Para a empresa, a atuação conjunta com os órgãos de segurança pública, entre eles a Polícia Federal, é fundamental para a repressão ao tráfego de ilícitos no fluxo postal, como entorpecentes, animais silvestres, moeda falsa e objetos perigosos; além da mitigação de crimes contra carteiras e carteiros e roubo de cargas. >
A integração das equipes de segurança também contempla ações institucionais e de cooperação abrangendo outras áreas, como recursos humanos, inteligência e tecnologia da informação. Além do trabalho conjunto com a PF, os Correios atuam em parceria com secretarias estaduais de Segurança Pública a fim de permitir a interação e a troca de informações pelas áreas de inteligência das entidades envolvidas. >
O presidente dos Correios reiterou a confiança em ter a Polícia Federal como parceira da estatal e destacou os investimentos realizados na área de segurança nos últimos anos. "Retomamos e priorizamos os investimentos em segurança, ao contrário da gestão anterior, que havia reduzido essas ações. Em 2023 e 2024, foram cerca de R$ 400 milhões investidos em medidas como contratação de escolta, rastreamento de carga e aquisição de equipamentos de segurança", ressaltou Fabiano Silva dos Santos. De acordo com o presidente, o compromisso dessa gestão é garantir um serviço cada vez mais seguro e confiável para brasileiras e brasileiros.>