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Carol Neves
Publicado em 21 de novembro de 2024 às 16:10
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas foram indiciadas nesta quinta-feira (21) pela Polícia Federal, no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado para tentar impedir a posse do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).
Entre os 37 indiciados, estão nomes de autoridades do governo Bolsonaro, como o general Braga Netto, que foi vice na chapa derrotada, e o ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid.
O indiciamento significa que a Polícia Federal considerou que há fatos suficientes para consideram que todos os listados participaram de uma trama golpista para tentar tirar o mandato de Lula. Não significa que eles já estão sendo considerados culpados pela Justiça, nem mesmo são réus ainda.
Os investigados, agora, se tornaram indiciados, e ainda podem se tornar denunciados e por fim réus. Agora, o inquérito, que tem mais de 800 páginas, seguiu para o Supremo Tribunal Federal (STF), que vai repassar para a Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR pode denunciar então os listados, e o caso volta para o STF. Caso o STF aceite a eventual denúncia do PGR, os denunciados se tornam réus.
A PGR também tem a prerrogativa de pedir novas diligências à PF, se considerar isso necessário para complementar a investigação.
Se o caso voltar ao STF, caberá à Corte decidir sobre a culpa ou inocência dos envolvidos. A primeira parte nesse processo seria o recebimento da denúncia, quando os ministros avaliam se há elementos mínimos no caso e tornam os denunciados réus. Depois disso, o STF marca o julgamento da ação penal, ao final do qual os ministros votam se os réus são culpados ou inocentes.
Veja a lista de indiciados: