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Empresária salta de prédio para fugir de companheiro que ameaçava matá-la

Após 12 dias de internação e ameaças constantes, vítima conseguiu denunciar agressor

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 7 de abril de 2025 às 09:14

Jhenipher Sabriny de Oliveira
Jhenipher Sabriny de Oliveira Crédito: Reprodução

"Eu não podia ser mais um número". Foi com essa convicção que Jhenipher Sabriny de Oliveira, 31 anos, tomou a decisão drástica de pular da janela de seu apartamento em Contagem (MG) no último dia 12 de fevereiro. A queda de sete metros, que resultou em múltiplas fraturas, foi sua única saída para escapar do companheiro que ameaçava matá-la a facadas.

O episódio ocorreu após a recusa de Jhenipher em entregar R$ 10 mil que seriam usados para pagar contas da empresa do casal. "Ele foi até a cozinha, pegou uma faca e veio em minha direção. Trancou a porta e disse que me mataria", relatou a empresária, em entrevista ao Uol. Sem alternativas, ela aproveitou um momento de distração do agressor e se jogou pela janela.

Apesar dos graves ferimentos, o companheiro impediu que vizinhos a socorressem, alegando que ela "delirava". Ele mesmo a levou ao hospital, onde continuou as ameaças durante todo o trajeto. "Dizia que mataria meu filho e minha mãe se eu o denunciasse", contou Jhenipher.

No Hospital Municipal de Contagem, onde ficou internada por 12 dias, a situação se agravou. O homem a isolou de familiares, controlou seu acesso ao celular e chegou a apertar seus pés fraturados intencionalmente. "Gritava de dor, mas tinha medo de contar a verdade aos médicos", disse.

A denúncia só foi possível quando Jhenipher conseguiu acesso a um telefone e ligou para uma advogada, que imediatamente acionou a Justiça. Apesar da medida protetiva concedida e do pedido de prisão preventiva por tentativa de feminicídio, o agressor já havia fugido e permanece foragido.

Agora em local sigiloso, Jhenipher se recupera das fraturas enquanto enfrenta o trauma psicológico. "Durmo apenas duas horas por noite, mas estou viva para lutar", afirmou. Ela alerta outras mulheres sobre os sinais de violência doméstica: "Um grito, um apertão no braço - nunca para por aí".

A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que todas as medidas protetivas foram tomadas e que o caso segue sob investigação.