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Maysa Polcri
Publicado em 7 de abril de 2025 às 08:46
A juíza Tula Mello, vítima de um assalto a caminho de casa no dia 30 de março, disse que teve a vida salva pelo companheiro, o policial João Pedro Marquini. O agente foi morto com cinco tiros ao enfrentar suspeitos que atravessaram um veículo na pista, no Rio de Janeiro. A juíza dirigia um carro e seguia o de João Pedro. Ela conseguiu escapar sem ferimentos. >
A juíza percebeu o carro do marido diminuir a velocidade, viu homens armados em frente ao veículo atravessado na pista e conseguiu dar marcha ré. Os suspeitos atiraram contra o carro dela, que, embora fosse blindado, não resistiria por muito tempo aos tiros de fuzil. João saiu do seu carro e foi atingido por cinco tiros e morreu. >
Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, Tula Mello disse que o marido não reagiu, mas que agiu para salvá-la. "É uma sensação de impotência, né? Eu posso afirmar com certeza que se não fosse a ação do João saindo do carro para desviar o foco dos criminosos, eles conseguiriam fazer com que os disparos de fuzil ultrapassassem a blindagem do meu carro. Ele não reagiu, ele agiu para me salvar, ele deu a vida para me salvar", contou ao programa, exibido no domingo (6). >
A juíza disse ainda que o treinamento de defesa que recebeu do Tribunal de Justiça e dicas de direção defensiva do marido a ajudaram a fugir. Tula e João Pedro estavam casados há um ano, mas moravam juntos há cinco anos. O filho de 10 anos do policial, que é órfão de mãe, vive com o casal. >
Nenhum suspeito foi preso até então. A polícia já sabe que os homens que mataram João Pedro são do Comando Vermelho e tinham acabado de atacar uma comunidade controlada pela milícia, em Campo Grande, também na zona oeste do Rio.>
A polícia já sabe que os bandidos são do Comando Vermelho e tinham acabado de atacar uma comunidade controlada pela milícia, em Campo Grande, também na zona oeste do Rio. Segundo a investigação, eles queriam roubar outro carro para substituir o que estavam usando, cravejado de balas, por causa do tiroteio anterior.>
"Eu não vou sentar como vítima. Eu vou agir, eu vou fazer o que for necessário para que seja dada punição e para que a gente consiga de fato uma cidade onde nós possamos circular livremente como mulheres, homens, crianças e famílias", disse Tula ao Fantástico. >