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Eduardo Bolsonaro está há 15 dias nos EUA, em quarta viagem ao país este ano

Aliados defendem esforço na política internacional, enquanto críticos o acusam de "sumir" da Câmara

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 14 de março de 2025 às 11:34

Eduardo Bolsonaro está nos EUA
Eduardo Bolsonaro está nos EUA Crédito: Divulgação

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está nos Estados Unidos desde 27 de fevereiro, em sua quarta viagem ao país apenas em 2025. Esta é a mais longa, com 15 dias de duração. O deputado, que viajou antes do Carnaval, tem dedicado grande parte de seu tempo à articulação política internacional, especialmente com figuras da extrema direita americana, como o senador republicano Shane David Jett e o governador de Oklahoma, Kevin Stitt. As informações são do Uol.

Nas redes sociais, Eduardo justifica suas frequentes viagens como um esforço para denunciar o que chama de "ditadura no Brasil". “Vocês tão vendo que a minha atividade no exterior é basicamente denunciar os fatos que acontecem no Brasil”, postou ele. O deputado também sugere uma suposta perseguição a políticos conservadores e tem focado em pressionar o governo americano para que atue contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que, segundo ele, prejudicam empresas dos EUA.

Um levantamento feito no perfil de Instagram de Eduardo mostra que o principal assunto de suas publicações é os Estados Unidos. Em 2024, ele fez 78 posts sobre o país, contra 51 sobre o Brasil e outras nações. A imagem do presidente americano Donald Trump aparece 23 vezes, enquanto a do ex-presidente Lula aparece em apenas 12 publicações.

A atuação de Eduardo nos EUA inclui lobby contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. No dia 26 de fevereiro, um comitê da Câmara dos Deputados dos EUA aprovou um projeto de lei que, se aprovado pelo Congresso, poderia impor sanções a Moraes por suposta violação da liberdade de expressão. A decisão ocorreu após intensa pressão de Eduardo, que estava acompanhado de Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Figueiredo.

No entanto, as frequentes ausências de Eduardo no Congresso têm gerado desconforto entre colegas do PL. O partido está em uma disputa para presidir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, cargo que Eduardo almeja. A indicação exigirá que outros parlamentares abram mão de comissões e relatorias, o que tem causado queixas internas.

Líderes do PL, como Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), defendem publicamente o deputado, afirmando que sua missão internacional é complexa e exige dedicação. “Eu acho que o Eduardo cumpre o papel dele”, disse Cavalcante. Já Flávio Bolsonaro, irmão do deputado, atribui as reclamações à inveja.

O PT reagiu à atuação de Eduardo com um requerimento no Conselho de Ética da Câmara, acusando-o de quebra de decoro parlamentar por conspirar contra o governo e o Judiciário brasileiro junto a autoridades americanas. O partido pede que sejam tomadas “todas as providências legais e regimentais pertinentes à relevância do caso”.

Eduardo, por sua vez, se defende das críticas e da possibilidade de ter seu passaporte apreendido. “Será que estão esperando eu voltar ao Brasil para, covardemente, apreenderem meu passaporte?”, questionou ele nas redes sociais.

As viagens de Eduardo são bancadas com recursos pessoais, sem uso de verbas da Câmara. No site da Casa, não constam gastos com passagens, hospedagem ou aluguel de carros. No entanto, deputados têm até 90 dias para solicitar reembolso de despesas, o que deixa a possibilidade de futuros pedidos em aberto.

A aposta do bolsonarismo é que a vitória de Donald Trump nas eleições americanas possa fortalecer a posição de Jair Bolsonaro no Brasil, especialmente em relação à possível devolução de seus direitos políticos, permitindo que ele dispute as eleições de 2026. Enquanto isso, Eduardo segue como o "embaixador da direita", articulando estratégias internacionais para pressionar o governo brasileiro e o STF.