'Diabólico', diz mãe de grávida assassinada por mulher que tentou roubar bebê em Porto Alegre

Mulher foi presa nesta quarta (16). Mãe da vítima afirma que investigada se aproximou prometendo presentes e exames

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Publicado em 16 de outubro de 2024 às 16:41

Gladis Beatriz Ferreira, mãe de Paula Janaína assassinada em Porto Alegre
Gladis Beatriz Ferreira, mãe de Paula Janaína assassinada em Porto Alegre Crédito: Reprodução / RBS TV

"É diabólico. Minha filha foi na inocência pegar os presentes e foi morta", afirmou a mãe de Paula Janaína Ferreira Melo, que foi assassinada em Porto Alegre por uma mulher que, segundo a Polícia Civil, tentava roubar o bebê que ela gestava. A entrevista foi concedida à RBS TV.

A suspeita por matar jovem de 25 anos foi presa nesta quarta (16). Delegada da Polícia Civil confirmou ao g1 que Paula foi morta na segunda-feira (14), atraída até a casa da suspeita com a promessa de que ganharia presentes para o bebê. O nome da suspeita de assassinato ainda não foi divulgado.

A mãe da vítima, Gladis Beatriz Ferreira, 63 anos afirmou ao RBS TV nesta quarta (16) que presa morava no mesmo condomínio da filha e se aproximou dela há cerca de dois meses.

"A minha filha viu ela no Facebook, [a suspeita] dava doações e a minha filha se aproximou dela. Essa ‘indivídua’, essa assassina, morava no mesmo condomínio que eu moro, e eu não conhecia ela", disse Gladis.

Crime premeditado

Segundo a polícia, a mulher atraiu a grávida até o apartamento onde ela morava, no bairro Mario Quintana, matou a jovem de 25 anos e depois simulou um parto, retirando o bebê da barriga da mãe. O corpo foi encontrado escondido debaixo de uma cama. O bebê não sobreviveu. A gestação já chegara aos 9 meses.

Vizinhos da suspeita ligaram para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para pedir ajuda para ela. O cenário no local dava a entender que a mulher havia acabado de dar à luz. A suspeita teria simulado um parto, segundo a polícia. "Ela criou uma cena de que ela teria dado a luz, na sala, com sangue e a criança entre as pernas dela", disse ao G1 a delegada Graziela Zanelli.

"Ela tinha histórico de tentar engravidar e não conseguir. Teria perdido uma criança tempos atrás", relatou a delegada.

A mulher foi levada com o bebê já morto pelo Samu para o Hospital Conceição, na segunda (14). O caso chamou atenção depois que a suspeita passou por exames e a equipe desconfiou que ela não era uma mulher que acabara de passar por um parto. A polícia foi acionada.

No dia do crime, a mulher disse para a grávida que tinha roupas e um carrinho para doar para a criança e a chamou para ir até seu apartamento. Lá, matou a jovem com um golpe na cabeça, retirou o bebê da barriga e depois escondeu o corpo debaixo da cama, seguindo para limpar a casa e montar a cena como se tivesse parido.

O marido da suspeita foi detido e a polícia investiga se ele teve envolvimento no crime. Ela deve responder por homicídio, ocultação de cadáver e aborto.