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Delivery via WhatsApp já representa 26% do faturamento de bares e restaurantes

Aplicativos e plataformas de terceiros ainda lideram faturamento via delivery no ramo

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 18 de março de 2025 às 20:30

Entregadores de aplicativos
Entregadores de aplicativos Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

As vendas por WhatsApp já representam 26% do faturamento com delivery dos bares e restaurantes. Isso é o que aponta uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), realizada com 2.176 donos de estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar em todo o Brasil. A penetração do WhatsApp no delivery é de 63%, ainda abaixo das plataformas de terceiros, como aplicativos e mercados online.

Segundo a pesquisa, 78% dos restaurantes utilizam esses canais em 2025, enquanto 41% ainda recebem pedidos por telefone e 39% investem em aplicativos ou sites próprios. Nas vendas, os marketplaces ainda correspondem por 54% do faturamento, seguido pelo WhatsApp (26%), app/site próprio do estabelecimento (12%) e pedidos por telefone (8%).

A popularização do WhatsApp como canal de pedidos tem impulsionado o uso de inteligência artificial no atendimento. Em 2025, 38% dos estabelecimentos já utilizam algum nível de automação: 21% combinam bots com atendimento humano, enquanto 17% operam exclusivamente com inteligência artificial.

Delivery tem ligeira queda no pós-pandemia

A pesquisa mostrou também que o delivery teve pequeno declínio de presença no setor de alimentação fora do lar. De acordo com uma pesquisa realizada pela Abrasel, o número de estabelecimentos que operam com essa modalidade sofreu uma queda entre 2022 e 2025, indo de 78% para 71%.

A falta de viabilidade financeira é o principal motivo para não operar com delivery, segundo 32% dos empresários. Outros 30% ainda avaliam a opção, enquanto 27% citam dificuldades estruturais, como espaço limitado para atender no salão e entregar. Já 24% não têm estrutura própria e evitam serviços terceirizados.

A queda na adoção do serviço reflete também a participação no faturamento dos negócios. Antes da pandemia, o delivery representava 26% das vendas dos estabelecimentos, alcançando um pico de 50% no período de restrições sanitárias. No entanto, desde então, os números vêm se ajustando: em 2022, a participação do delivery caiu para 32% e, em 2025, segue em leve declínio, chegando a 30%.

De acordo com Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, o modelo segue relevante, mas o aumento do consumo presencial tem influenciado os números. “O delivery continua sendo um canal estratégico para bares e restaurantes, mas estamos vendo um movimento de reequilíbrio, com mais clientes optando por ir ao salão, um comportamento natural após anos de pandemia e restrições. O desafio agora é garantir que o serviço seja sustentável para os negócios. O crescimento do WhatsApp é natural, pois dá mais controle aos estabelecimentos”, afirma.

Modelos de entrega variam entre próprios e terceirizados

A forma de entrega dos pedidos varia entre os estabelecimentos. Enquanto 39% mantêm entregadores próprios, 36% operam via contratos full-service, que incluem entrega e marketplace. Além disso, 30% contratam empresas terceirizadas para a logística, e 26% recorrem a entregadores autônomos por demanda.

“A diversificação nos modelos de entrega se deve ao custo e à demanda. Muitos mantêm entregadores próprios, mas contratam terceirizados nos horários de pico. Outros, sem estrutura para contratações fixas, preferem autônomos”, explica Solmucci.