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Delegada é afastada do cargo por suspeita de envolvimento no tráfico de drogas

Chefe de seccional teria vendido cargos de chefia nas delegacias para comparsas do esquema criminoso

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 9 de fevereiro de 2025 às 10:33

Maria Cecília Castro Dias
Maria Cecília Castro Dias Crédito: Divulgação

A delegada Maria Cecília Castro Dias, titular do 77º DP (Santa Cecília), foi afastada de suas funções na tarde da sexta-feira (7) sob suspeita de integrar uma quadrilha de policiais civis envolvida no desvio de cargas de drogas. Segundo investigações, o grupo trocava cocaína por substâncias como talco ou gesso e revendia as drogas a traficantes. O afastamento foi determinado pelo juiz Oto Sérgio Silva de Araújo Júnior, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). As informações foram divulgadas pelo Metrópoles. 

No mesmo dia, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na residência da delegada, localizada na Vila Olímpia, bairro de alto padrão na zona oeste de São Paulo. Durante a ação, foram apreendidos celulares, documentos, a arma de serviço, o distintivo e a carteira funcional de Maria Cecília. Os aparelhos eletrônicos terão seus sigilos quebrados para a coleta de possíveis provas que confirmem seu envolvimento no esquema criminoso.

Maria Cecília assumiu o comando do 77º DP em agosto do ano passado, após atuar como titular do 2º DP (Bom Retiro). Ambas as delegacias, juntamente com o 1º DP (Sé) e o 12º DP (Pari), estariam sob a influência da 1ª Delegacia Seccional, que gerencia as unidades policiais no centro de São Paulo. Segundo relatórios da Corregedoria da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo (MPSP), o chefe da 1ª Seccional, Elvis Cristiano da Silva, teria vendido cargos de chefia nessas delegacias para comparsas do esquema de tráfico.

O esquema criminoso, que movimentou cerca de R$ 50 milhões em quase dois anos, contava com a participação de policiais e até de um perito do Instituto de Criminalística, responsável por emitir laudos falsos atestando a pureza de substâncias que, na realidade, não eram entorpecentes. As apreensões de drogas eram formalizadas em boletins de ocorrência, com um rodízio entre as delegacias envolvidas para evitar suspeitas.

No final de janeiro, o chefe de investigações do 77º DP, Cléber Rodrigues Gimenez, foi preso sob acusação de comandar parte do esquema. Ele teria utilizado um galpão no Bom Retiro para substituir as cargas de drogas. Junto a ele, também foram detidos os investigadores Gustavo Cardoso de Souza, 38, e Thiago Gonçalves de Oliveira, 35, além do empresário Maxwell Pereira da Silva, 30, e Matheus Cauê Mendes Parro, 27. As defesas dos envolvidos não foram localizadas para comentar o caso.

Enquanto isso, Elvis Cristiano da Silva, chefe da 1ª Seccional, continuava em exercício. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirmou que “todos os fatos citados” estão sob investigação para a aplicação das medidas cabíveis.