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Delator do PCC disse a motorista que foi reconhecido por um devedor em Maceió

Ele voltava de Alagoas com R$ 1 milhão em joias na mala quando foi executado com tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 15 de novembro de 2024 às 16:42

Antônio Vinícius Lopes Gritzbach
Antônio Vinícius Lopes Gritzbach Crédito: Reprodução

O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) que foi executado no Aeroporto de Guarulhos, contou ao motorista que havia sido reconhecido logo que desembarcou em Maceió. A pessoa que o identificou era um homem que lhe devia R$ 6 milhões, segundo o relato dele. 

O relato foi feito por Danilo Lima Silva, 35 anos, motorista de Antônio Vinícius, que foi ouvido pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Paulo na quarta-feira passada, segundo divulgado pelo colunista Josmar Jozino, em Uol. 

Para o motorista, o empresário contou que o devedor se comprometeu a entregar joias para ele para pagar parte da dívida milionária. Quando ele foi morto, a polícia encontrou cerca de R$ 1 milhão em joias nas malas. Antônio Vinícius havia acabado de desembarcar de Maceió quando foi assassinado. 

O empresário teria ordenado que o motorista fosse buscar as joias em um quiosque na praia, procurando um homem chamado Alan. Danilo foi até lá fazer como combinado.  Já na praia, o chefe ligou para ele e explicou que Alan usava uma camisa do Barcelona e levava as joias em uma sacola preta. Danilo de fato encontrou Alan e pegou a bagagem com as joias.

O motorista afirmou que o homem identificado como Alan estava acompanhado do soldado  Samuel Tillvitz da Luz, 29 anos, um dos cinco PMs que faziam a segurança para o empresário assassinado. Todos os militares negam envolvimento no crime. Eles foram afastados das funções pela Corregedoria da PM de São Paulo. 

Já com as joias, o motorista entrou no carro, pediu ao PM para esperar do lado de fora e tirou foto do material, enviando para Antônio Vinícius, que conferiu e deu o OK. Ele e o soldado da PM voltaram então com a mala para a pousada onde estavam hospedados. 

Em Alagoas, a polícia tenta identificar e localizar o homem identificado como Alan. Em São Paulo, os investigadores acreditam que ele seja um operador de criptomoedas que devia R$ 70 milhões a Anselmo Bechelli Santa Fausta, 38, o Cara Preta, um narcotraficante do PCC que foi assassinado em dezembro de 2021, ao lado do motorista. Antônio Vinícius foi acusado e processado como mandante desse duplo homicídio. Ele negava o crime. Para a polícia, ele teria ordenado a morte porque teria investido ao menos R$ 100 milhões de Cara Preta em criptomoedas e não devolveu o dinheiro.

Na época, o empresário afirmava que a ordem para matar Cara Preta teria vindo justamente do homem que lhe devia R$ 6 milhões, na sua versão - e que agora, para a polícia, é o principal suspeito por mandar matar Antônio Vinícius. 

A namorada do empresário, Maria Helena Paiva Antunes, 29 anos, também já foi ouvida, e deu uma versão diferente. Ela afirmou que Antônio Vinícius contou que reconheceu um homem que o ameaçava em São Paulo quando o casal estava na praia de São Miguel dos Milagres, também em Alagoas.