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Cortou orelhas e dedo: turista é sequestrado e torturado pelo CV após foto com símbolo de facção

Um primo e um amigo dele também foram levados, mas já foram liberados

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 11 de março de 2025 às 11:30

Fabrício Alves Monteiro
Fabrício Alves Monteiro Crédito: Reprodução

Fabrício Alves Monteiro, um brasiliense de 28 anos, desapareceu no dia 4 de março no Rio de Janeiro e teria sido vítima de sequestro, tortura e execução por integrantes do Comando Vermelho (CV). O crime teria ocorrido após fotos de Fabrício segurando um fuzil circularem em grupos de WhatsApp. Nas imagens, a bandoleira da arma exibia a inscrição “Bonde do Coronel – TCP – MQÇ”, referência ao Terceiro Comando Puro (TCP), facção rival do CV, e à comunidade do Muquiço, controlada pelo TCP. As informações são do portal Metrópoles.

De acordo com relatos de um primo e um amigo de Fabrício, que também foram capturados, ele foi sequestrado por traficantes do CV na região de Honório Gurgel, na zona norte do Rio, durante o Carnaval. A vítima teria passado por uma sessão de tortura, incluindo coronhadas e o corte de dedos e da orelha, que teria sido obrigada a comer. Os dois jovens foram liberados, mas Fabrício permaneceu desaparecido.

O trio havia viajado de Brasília para o Rio de Janeiro para curtir o Carnaval e estava hospedado na casa de parentes em Anchieta, na zona norte. Eles foram rendidos por criminosos na Avenida Brasil ao seguir o GPS para uma festa. Os traficantes assumiram o controle do veículo e levaram os três para a comunidade da Palmeirinha, dominada pelo CV. Durante a abordagem, os criminosos acessaram o celular de Fabrício e encontraram conversas e fotos que supostamente faziam apologia ao TCP, o que levou à sua submissão ao “tribunal do crime”.

Fabrício foi fotografado com fuzil e símbolo de facção
Fabrício foi fotografado com fuzil e símbolo de facção Crédito: Reprodução

O carro em que estavam foi encontrado pela polícia no dia 4, na Avenida Brasil, próximo à comunidade do Muquiçu, controlada pelo TCP. Dentro do veículo, havia um corpo carbonizado, que a polícia acredita ser de Fabrício. Um exame de DNA foi realizado, mas o resultado ainda não foi divulgado. Com a descoberta do corpo, o caso passou a ser tratado como homicídio e foi transferido para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). O caso foi inicialmente registrado na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e depois encaminhado à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).