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Condenado pela morte da filha, Alexandre Nardoni deve ir para regime aberto em abril

Redução de pena contou com dias trabalhados e leitura de livro de Kafka

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2024 às 12:50

Alexandre Nardoni
Alexandre Nardoni Crédito: Reprodução

Condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha, Isabella, Alexandre Nardoni deve seguir para regime aberto a partir de 6 de abril desse ano. Ele pediu no ano passado para ter a pena reduzida por conta dos dias trabalhados e por ter lido na prisão, em Tremembé (SP). A Justiça de São Paulo aceitou o pedido.

A decisão foi tomada ainda no ano passado, pela juíza Marcia Beringhs Domingues de Castro, da 2ª Vara das Execuções Criminais, da Comarca de Taubaté. Ela cita que Nardoni "trabalhou por 277 dias, razão pela qual há que prosperar o pedido de remição formulado pela Defesa". Outro motivador para redução foi a leitura de um livro, conforme determina o programa de incentivo 'Lendo a Liberdade'. "O sentenciado permaneceu com o livro 'Carta ao Pai' de autoria de Franz Kafka, pelo período de 26 dias dias, tendo apresentado a respectiva resenha, que foi considerada fidedigna pela equipe responsável", diz a decisão. 

A defesa argumentou ainda que Alexandre Nardoni teve ‘boa conduta carcerária e nenhuma falta disciplinar grave’ ao longo dos seus anos preso. 

Nardoni cumpre pena desde 2008, ano em que Isabella foi morta, na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, em Tremembé, interior Paulista

Também condenada pelo crime, Anna Carolina Jatobá, esposa de Alexandre Nardoni e madrasta de Isabella, está em regime aberto desde 2023. Ela estava detida havia 15 anos na Penitenciária Feminina de Tremembé. Na época da condenação ela recebeu 26 anos de prisão. No entanto, vai cumprir os 9 anos restantes fora da cadeia.

Crime

Isabella foi encontrada morta no Edifício London, Zona Norte de São Paulo. A criança foi jogada do sexto andar do dia 29 de março de 2008. O pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram acusados de cortarem a tela de proteção da janela para cometerem o crime. O homem jogou o corpo da filha, enquanto Jatobá esganou a criança.

Os dois sempre negaram o crime, e afirmavam constantemente que uma pessoa teria invadido a residência e matado a menina. A polícia nunca conseguiu identificar essa suposta pessoa.