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Cid confessará que Bolsonaro é mandante no caso das joias, diz revista

Advogado de ex-ajudante de Bolsonaro confirmou informação

  • D
  • Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2023 às 20:57

Joias do ex-presidente Bolsonaro
Joias do ex-presidente Bolsonaro Crédito: Reprodução

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, preso preventivamente por suspeita de falsificar cartões de vacinação dele e do ex-mandatário, decidiu confessar sua participação no caso das joias da Presidência. A informação foi publicada pela revista Veja e confirmada pelo advogado de Cid, Cezar Bittencourt, pela TV Globo.

Cid está preso desde maio. Segundo publicação do g1, o advogado afirmou que seu cliente vai dizer que vendeu as joias da Presidência nos Estados Unidos a mando de Jair Bolsonaro, transferiu clandestinamente o dinheiro para o país e entregou a verba em espécie para o ex-presidente.

Bittencourt assumiu a defesa de Cid na terça-feira (15), terceiro advogado de Cid desde que foi preso.

O caso das joias

Ao requerer a abertura da Operação Lucas 12:2 na sexta-feira, 11, a Polícia Federal apontou indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros dois assessores do ex-chefe do Executivo 'atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-Presidente para posteriormente serem vendidos no exterior'.

Os investigadores implicaram diretamente o ex-presidente nas duas hipóteses criminais no centro das apurações. A primeira levanta suspeitas de que o esquema teria ocorrido durante quase toda a gestão de Bolsonaro, entre 2019 e dezembro de 22, com o desvio de presentes recebidos pelo ex-presidente e sua remessa, de forma oculta, para os Estados Unidos, com o avião presencial

A PF indica que, naquele País, os presentes foram encaminhados para lojas especializadas nos estados da Flórida, Nova Iorque e Pensilvânia, 'para serem avaliados e submetidos à alienação, por meio de leilões e/ou venda direta'.

Já a segunda hipótese criminal da PF é a de que o mesmo grupo teria ocultado a 'origem, localização e propriedade dos recursos financeiros decorrentes da alienação dos bens desviados do acervo público brasileiro'.