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'Não chegou a gritar': preso dá detalhes da morte de Vitória em depoimento

Para polícia, Maicol era obcecado pela jovem, chegando a manter imagens de mulheres parecidas com ela no celular

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 19 de março de 2025 às 07:29

Maicol Antonio Sales dos Santos
Maicol Antonio Sales dos Santos Crédito: Reproduçaõ

Maicol Sales dos Santos, de 23 anos, preso desde 8 de março, confessou ter agido sozinho no assassinato da jovem Vitória Regina de Souza, de 17 anos. A polícia de São Paulo divulgou que ele admitiu o crime durante o interrogatório. Vitória desapareceu na noite de 26 de fevereiro, quando retornava do trabalho, e seu corpo foi encontrado seis dias depois em uma área de mata em Cajamar, na Grande São Paulo.

O preso diz que a vítima morreu rápido e não chegou a gritar por conta da brutalidade do ataque. Um golpe atingiu o pescoço e outro, o peito. "Vitória não chegou a gritar, porque os dois golpes foram muito rápidos chegando a desfalecer logo após o segundo golpe. Tudo foi muito rápido, (o suspeito) entrou em desespero e seguiu sentido à sua casa", diz trecho do depoimento de Maicol. Apesar de contar que a vítima morreu com dois golpes, o laudo pericial do IML aponta que Vitória tinha três perfurações

Segundo o depoimento, Maicol e Vitória tiveram um relacionamento há cerca de um ano e meio. Ele afirmou que a adolescente teria ameaçado revelar o caso à sua esposa. Na noite do crime, Maicol disse que foi esperar Vitória em um ponto de ônibus em Cajamar, mas ela não estava mais lá. Os dois acabaram se encontrando quando ela já caminhava para casa. Ele relatou que ela concordou em entrar em seu carro, onde ele pediu que ela não contasse nada à sua esposa. Maicol alegou que, nesse momento, Vitória tentou agredi-lo, o que o levou a pegar uma faca que estava no veículo e atacá-la. Os detalhes foram divulgados pelo Jornal Nacional, da TV Globo, que teve acesso ao depoimento. 

Após o crime, Maicol contou que entrou em desespero, levou o corpo de Vitória para casa e o colocou no porta-malas do carro. Em seguida, pegou uma enxada e dirigiu até uma estrada de terra, onde cavou uma cova e enterrou o corpo. No entanto, durante o depoimento na segunda-feira (17), ele mencionou que deixou o corpo em um local diferente de onde foi encontrado. Investigadores acreditam que essa contradição possa ser explicada pelo estado emocional alterado de Maicol durante o crime, e a perícia deve esclarecer o fato.

O laudo do Instituto Médico-Legal apontou que Vitória morreu devido a uma hemorragia causada por três perfurações — no rosto, pescoço e tórax — provocadas por um objeto cortante. Não foram encontrados sinais de tortura ou crime sexual.

Obsessão

A polícia destacou que Maicol tinha uma obsessão por Vitória e guardava fotos dela e de outras jovens com características semelhantes em seu celular. “Dentro do celular dele havia muitas fotos de meninas jovens muito parecidas. Ele comentou que era apaixonado por ela”, afirmou Luiz Carlos do Carmo, diretor da Demacro.

Apesar de inicialmente haver três suspeitos no caso, a polícia solicitou a prisão apenas de Maicol, já que a Justiça negou o pedido de prisão dos outros dois. O diretor da Demacro reforçou que as evidências indicam que Maicol agiu sozinho: “Fica claro que somente ele participou desse crime. Primeiro porque ele já vinha perseguindo a vítima há muito tempo. A prova cabal é que ele confessou o crime. Fica muito claro que ele era obcecado por ela”.