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Caso Vitória: jovem pode ter sido vítima de stalker, diz polícia

Suspeito monitorava vítima desde o ano passado, aponta investigação

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 17 de março de 2025 às 10:28

Vitória Regina de Sousa
Vitória Regina de Sousa Crédito: Reprodução

Uma perícia realizada no celular de Maicol Antônio Sales, principal suspeito de ter matado Vitória Regina de Souza, de 17 anos, encontrou fotos da vítima, além de imagens de facas e revólver. Há indícios de que ele monitorava a vítima desde o ano passado. Maicol Antônio está preso desde o dia 8 de março. 

O carro dele, um Toyota Corolla prata, foi visto no local em que a menina foi raptada momentos antes do crime. A Polícia Civil de São Paulo também diz ter encontrado manchas de sangue no porta-malas do veículo. O material genético está sendo submetido à perícia. 

Vitória foi assassinada depois de desaparecer na noite de 26 de fevereiro, em Cajamar, na Grande São Paulo. Ela chegou a enviar um áudio para uma amiga, no dia do desaparecimento, dizendo que estava sendo seguida. Seu corpo foi encontrado numa área de mata com sinais de tortura e abuso sexual. 

No celular de Maicol, além de imagens da vítima, os investigadores encontraram fotos de outras garotas com características físicas semelhantes às de Vitória. Além de Maicol, são considerados suspeitos: Gustavo Vinícius, ex-namorado da vítima; e Daniel Lucas, que teria tido um caso com o ex-companheiro dela e é amigo da família.

pai de Vitória chegou a integrar a lista de suspeitos do crime, mas a Polícia Civil de São Paulo voltou atrás e divulgou que ele não é investigado pela morte da jovem. 

O crime 

Vitória Regina de Souza, de 17 anos, desapareceu no dia 26 de fevereiro, depois que saiu do restaurante de um shopping onde trabalhava, em Cajamar (SP). Imagens de câmeras de segurança registraram a ida de Vitória a um ponto de ônibus e o momento em que ela foi seguida por dois homens.

A jovem chegou a enviar áudios a uma amiga falando que tinha sido assediada por homens que estavam em um carro. Após encontrar o corpo de Vitória, o delegado Aldo Galiano, da seccional da região, descreveu a cena como "uma morte cruel", em entrevista ao programa Brasil Urgente (TV Bandeirantes).

Ele sugeriu, pelos indícios, que ela foi torturada e destacou que as mãos da vítima estavam enroladas em sacos plásticos, possivelmente para evitar que resquícios de DNA do assassino fossem deixados.

No dia 7 de fevereiro, a polícia solicitou a prisão temporária de um suspeito, Daniel Lucas Pereira, porém o pedido foi negado pela Justiça. Ele teria um caso com o ex-namorado da vítima, Gustavo Vinícius Moraes. Daniel teria recebido ajuda de outros dois comparsas para matar a jovem.

Maicol Antonio Sales dos Santos, dono de um carro prata, visto na cena do crime, foi preso temporariamente no sábado (8) e teve a prisão mantida pela Justiça de São Paulo no domingo (9).