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Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2009 às 13:04
- Atualizado há 2 anos
Nesta quinta-feira (8), começa a primeira audiência do caso Eloá. A estudante Nayara Silva será a primeira a falar à Justiça, no Fórum Santo André, ABC Paulista, no processo que apura o assassinato de sua amiga Eloá Pimentel em outubro de 2008. Além dela, outras 22 pessoas serão ouvidas, incluindo o acusado Lindemberg Alves, que deixou a penitenciária de Tremembé nesta manhã de quinta (8).
Após os depoimentos, o juiz da Vara do Júri de Execuções Criminais de Santo André, José Carlos França Carvalho Neto, vai decidir se Alves vai ou não a júri popular.
Se uma das testemunhas faltar, pode haver uma continuação nos depoimentos, provavelmente na sexta-feira (9).
A promotoria vai ouvir as quatro vítimas: Nayara, dois outros amigos das adolescentes que foram mantidos reféns no primeiro dia do sequestro e um policial militar, além da irmão de Eloá, que estava com Lindemberg antes do crime e segundo o promotor, Antonio Nobre Folgado, foi levado para fora do apartamento por Lindemberg que já teria a intenção de cometer o crime.
O acusado responde por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) com relação a Nayara, e tentativa de homicídio qualificado (para assegurar a execução de crimes) em relação ao sargento da Polícia Militar contra quem Lindemberg atirou.
Além disso, ele foi denunciado pelo Ministério Público cinco vezes por cárcere privado qualificado em relação a Nayara (duas vezes), a Eloá e aos outros dois adolescentes mantidos reféns no primeiro dos cinco dias do seqüestro. Ele também foi denunciado quatro vezes por disparo de arma de fogo.
Primeiro depoimento será o da amiga, Nayara, que também levou um tiro no rosto do acusado
Nayara, que está com novo visual, cabelos pintados de vermelho, e a amiga foram mantidas reféns no apartamento da família de Eloá pelo ex-namorado da adolescente, Lindemberg Alves, que é acusado de ter matado a garota.
Ela está dando seu depoimento desde as 9h20 e pediu para Lindemberg ser retirado da sala enquanto ela é ouvida. Outras testemunhas também devem falar à Justiça nesta quinta (8).
Segundo informações do portal G1, o promotor do caso, Antonio Nobre Folgado, afirmou que 'é praticamente impossível' que Lindemberg não vá a júri popular. “Saindo a pronúncia hoje, haverá um prazo de cinco dias para que a defesa recorra. Se não houver recurso o julgamento será dentro de dois, três meses, acredito”, afirmou Folgado. “Se todas as testemunhas comparecerem, muito provavelmente a decisão sai ainda hoje.”
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