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Caso de envenenamento no Piauí tem mais uma criança morta e dois internados

Maria Gabriela Fontenele da Silva tinha 4 anos e estava internada na UTI Pediátrica desde o início do ano

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Estadão

Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 20:50

Polícia
Polícia Crédito: Reprodução TV Globo

Maria Gabriela Fontenele da Silva, de 4 anos, morreu após ter comido alimentos envenenados no dia 1º de janeiro em Parnaíba, no Piauí. A direção do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) confirmou a morte da criança, que estava na UTI Pediátrica há mais de 20 dias. Agora são oito membros da mesma família mortos contaminados pelo veneno conhecido como chumbinho.

Nesta quarta-feira (22), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para atender Maria Jocilene, ex-nora e vizinha de Maria dos Aflitos, avó das crianças, e o filho dela de 11 anos, que passaram mal depois do café da manhã, com os mesmos sintomas dos que já tinham sido internados contaminados pelo veneno.

As outras vítimas são a mãe de Gabriela, Francisca Maria da Silva, e os irmãos: Igno Davi Silva e Maria Lauane Fontenele, e o tio, Manoel Leandro da Silva.

Antes, já haviam morrido outros dois irmãos Ulisses Gabriel e João Miguel, além do pai das crianças. A polícia solicitou a exumação do corpo dele para averiguar se a causa mortis bate com os demais membros da família. O acusado de todos esses envenenamentos é o companheiro de Maria dos Aflitos, Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, que está preso preventivamente.

Já a doméstica Lucélia Maria da Conceição, acusada anteriormente de envenenar e matar Ulisses e João Miguel, foi solta, porque o laudo do exame pericial não confirmou a presença de veneno nos cajus que as crianças comeram e depois morreram.

Segundo o advogado de defesa dela, Sammai Cavalcante, a audiência de instrução e julgamento, onde ele pede a absolvição sumária de Lucélia, deveria acontecer nesta quinta-feira (23), mas foi adiada para o dia 17 de março a pedido do Ministério Público do Estado. A Promotoria afirmou aguardar novas diligências sobre o caso, que agora corre em segredo de Justiça.