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Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2024 às 11:50
A Arena Esportiva, casa de apostas da Bahia, anunciou nesta quarta-feira (25) o encerramento das suas atividades no país. A decisão é decorrente da nova norma que define que, de outubro em diante, só poderão continuar ativas no Brasil as bets que pedirem autorização ao Ministério da Fazenda. >
As autorizações poderiam ser solicitadas até a última terça-feira (17), e as empresas que recebessem a concessão teriam que pagar R$ 30 milhões para começar a funcionar. Um novo set de regras de combate à fraude, à lavagem de dinheiro e à publicidade abusiva também começa a valer a partir de janeiro do ano que vem. >
A Arena Esportiva não solicitou autorização e encerrou suas atividades com a mensagem “em cumprimento à Portaria SPA/MF n° 1.475/2024, comunicamos o encerramento das atividades da Arena Esportiva no Brasil. Agradecemos a todos os clientes pela confiança e apoio durante nossa jornada.”.>
O Ministério da Fazenda definiu que as empresas de apostas que não pediram autorização para funcionar serão suspensas a partir de primeiro de outubro. Para começar a funcionar a partir de janeiro do ano que vem, as bets terão que pagar R$ 30 milhões. >
Em uma portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), o Ministério afirmou que, entre outubro e dezembro, só poderão funcionar as empresas de apostas de quota fixa que já atuam no mercado e pediram autorização. As que não tiverem autorização serão classificadas como ilegais.>
Aquelas definidas como ilegais já não podem ofertar apostas, mas também não podem tirar seus sites do ar, para que os jogadores possam sacar o dinheiro em circulação lá. A partir do dia 11 de outubro, todas serão removidas da internet.>
Caso uma bet continue ativa mesmo após o prazo determinado para parada das não autorizadas, será aplicada uma multa que pode chegar a R$ 2 bilhões por infração. No caso das que solicitaram, mas ainda não estavam ativas, será necessário aguardar até janeiro, caso a liberação seja concedida.>
Além da espera e do valor pago, para seguir funcionando também será necessário cumprir as regras de combate à fraude, lavagem de dinheiro e publicidade abusiva.>
As bets que cumprirem com todos os requisitos terão liberação para explorar até três marcas durante cinco anos. A exceção, neste caso, vai para cinco empresas que haviam feito um pedido extra, buscando a aprovação da exploração de até seis marcas cada, ainda não definida.>
A pasta pretende manter o período de adequação até o final de dezembro para as bets que demonstrarem que querem “atuar conforme a lei”, como afirmou o secretário de prêmios e apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena. "Têm vindo à tona muitas operações policiais envolvendo empresas que atuam no mercado de apostas de forma criminosa. Essa foi a forma que encontramos de não aguardar até janeiro para começar a separar o joio do trigo", pontuou.>
Dudena afirmou, ainda, que as mudanças protegem os usuários de jogos: "Queremos proteger a saúde mental, financeira e física do apostador, coibindo a atuação de empresas que utilizam as apostas esportivas e os jogos on-line como meio de cometer fraudes e lavagem de dinheiro".>
Vale ressaltar também que a janela de outubro a dezembro não pode ser usada para descumprir leis já em voga, como de Lavagem de Dinheiro, de Crimes Financeiros ou o Código de Defesa do Consumidor, correndo risco de perder a autorização.>
Outro requisito a ser cumprido é a enumeração, até dia 30 de setembro, no final deste mês, das marcas comerciais e sites em atividade por parte de cada bet durante o período de adequação.>
De 2025 em diante, todas as empresas autorizadas terão a terminação “bet.br”, sinalizando o domínio brasileiro de internet.>
Até o mês passado, foram feitos 113 pedidos de autorização, por 108 bets diferentes. Os números estimam que os pagamentos feitos à Fazenda este ano devem somar em torno de R$ 3,4 bilhões.>
Para realizar o processo, a pasta trabalhará em conjunto com o Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), o Banco Central e a Agência Nacional de Telecomunicações. A análise dos pedidos é feita pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA).>
A partir de 2025, para operar no Brasil, será necessário, além da autorização e do domínio “bet.br”:>