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Caneta azul, azul caneta: Cinco curiosidades sobre a caneta que já passou pela mão de todo mundo

Revolucionária, peça de museu e ícone de design: por dia, são vendidas cerca de 14 milhões da Bic Cristal em mais de 160 países

  • Foto do(a) author(a) Priscila Natividade
  • Priscila Natividade

Publicado em 6 de fevereiro de 2025 às 21:28

Unidade de Manaus produz,  em média, 400 milhões de canetas
Unidade de Manaus produz, em média, 400 milhões de canetas Crédito: Shutterstock

Em algum momento da vida, com certeza, você teve uma, emprestou ou esqueceu de devolver a caneta Bic de alguém. Ela já passou pela mão de todo mundo. Não tem esse que não tenha escrito, no mínimo, uma palavra que seja com essa caneta. Hexagonal, corpo transparente, tinta azul, bocal da mesma cor. Por dia, são vendidas cerca de 14 milhões da Bic Cristal em mais de 160 países. E um ícone global desses – que até sua avó pode ter utilizado na escola - está completando 75 anos.

Não faltam teorias de que a Bic é um instrumento extraterrestre, aparece em qualquer canto ou some do nada. Fato mesmo é que a caneta é uma revolução no mundo do designer e na escrita, desde que surgiu na França, em 1945. Tudo começou quando Marcel Bich – que foi gerente de produção de uma fábrica de tintas - resolveu apostar numa fábrica para produzir peças para canetas-tinteiro e lapiseiras, junto com o seu sócio Edouard Bouffard.

O desenvolvimento da esferográfica ganhou o mundo, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos. Em 1950, surgiu a Bic Cristal, nome que seria uma redução do sobrenome do próprio Bich, a fim de evitar equívocos em relação à pronúncia em solo americano. Seis anos depois, além de lançar sua caneta retrátil, a empresa entrou na América Latina com a sua primeira fábrica brasileira, instalada no município paulista de Cajamar. Em 1973, a unidade de Manaus, no Amazonas, iniciou sua operação.

Criada em 1950, Bic Cristal completa 75 anos
Criada em 1950, Bic Cristal completa 75 anos Crédito: Shutterstock

Atualmente, Manaus fabrica, em média, 3,7 milhões de produtos da marca. A produção de isqueiros chega a 200 milhões, enquanto a de canetas é o dobro: 400 milhões de unidades. Os produtos Bic estão presentes em mais de 600 mil pontos de vendas no Brasil. A operação no país já é a segunda maior do mundo.

Para além da caneta, vieram os isqueiros, barbeadores descartáveis e a Bic tentou ainda apostar na meia-calça, em 1976. Lá no finalzinho da década de 80, teve até uma linha de perfumes em formato de isqueiro. Nos anos 2000, lançou o BicPhone, um celular descartável com 60 minutos de carga para ligações. Listamos aqui cinco curiosidades sobre a caneta mais famosa do mundo que você nem imaginava. Veja:

1.Quanto tempo dura a tinta de uma caneta Bic?

A Bic é capaz de escrever até 3 quilômetros. Ou seja, é quase que fazer um traço do início até o fim da Avenida Bonocô, em Salvador.

2. A tampa da caneta que você perdeu

Outro detalhe sobre a Bic diz respeito ao pequeno orifício na tampa da caneta. Pasme: ele foi projetado como uma medida de segurança para evitar sufocamento em caso de ingestão acidental. O outro furinho, no corpo da caneta, serve para manter a pressão atmosférica de dentro igual à de fora, o que ajuda a empurrar a tinta até a ponta.

3. 70+ e moderninha

Peça de museu. A Bic Cristal que a gente conhece faz parte das coleções permanentes do Departamento de Arquitetura e Design do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York, desde 2002. A caneta também integra o acervo do Museu Nacional de Arte Moderna/Centre Georges Pompidou em Paris justamente por causa do símbolo de inovação que a caneta se tornou.

4. Corpinho transparente

A Bic Cristal se tornou referência no mundo do designer. Um dos fatores está no corpo transparente da caneta, que foi pensado para permitir que os usuários monitorem facilmente os níveis de tinta.

5. Reescrevendo Shakespeare

Com a ajuda de um robô e de inteligência artificial, a marca acaba de reescrever a obra de William Shakespeare para replicar sua caligrafia. O projeto 'Uma BIC, um livro, dois clássicos' usou uma tecnologia que permitiu utilizar apenas uma caneta BIC Cristal Dura+ para reproduzir as 212 páginas do manuscrito original de Romeu e Julieta em português, recriando a caligrafia do autor. O livro reescrito foi doado ao Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro.