Caixa vai restringir financiamento de imóveis e exigir entrada maior de compradores

Clientes precisarão dar pelo menos 30% do valor do imóvel de entrada pelo sistema de amortização SAC e 50% pelo sistema Price

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Publicado em 15 de outubro de 2024 às 17:38

Prédio da Caixa Econômica Federal
Prédio da Caixa Econômica Federal Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A partir de 1º de novembro, a Caixa Econômica Federal fará restrições no financiamento de imóveis com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), além de passar a exigir um valor de entrada maior dos compradores.

Segundo o banco, os empréstimos com recursos do SBPE para compra ou construção individual serão feitos apenas para imóveis com valor de avaliação ou compra e venda limitado a R$ 1,5 milhão. Para esta modalidade, o cliente também não poderá ter outro financiamento habitacional ativo com a Caixa.

Cotas reduzidas

Além disso, as cotas financiadas pelo banco na compra de imóveis serão menores, exigindo do consumidor um valor maior de entrada, para conseguir a tão sonhada casa própria.

A partir de novembro, a Caixa só financiará até 70% do valor do imóvel pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). No modelo atual, válido até o final deste mês, a cota admitida é de até 80% do valor do imóvel.

Já pelo sistema Price, o banco passará a financiar até 50% do valor do imóvel. Nesse caso, a cota era de 70%.

Pelo sistema SAC, o valor total das prestações pagas vai diminuindo ao longo do tempo, por conta da parcela decrescente de juros. Já no sistema Price, o valor total é constante durante o prazo contratado.

Caixa explica

Segundo a Caixa, a alteração nas cotas de financiamento e a limitação no valor do imóvel a R$ 1,5 milhão não se aplicam às unidades habitacionais de empreendimentos financiados pelo banco. Neste caso, as condições vigentes atualmente serão mantidas.

As propriedades já adquiridas também não terão as regras de financiamento alteradas. 

"A Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e ao Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país", afirmou o banco em nota oficial.