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Giuliana Mancini
Estadão
Publicado em 8 de fevereiro de 2025 às 16:57
A Polícia Civil de Minas Gerais identificou mais uma vítima da tragédia do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho. Trata-se de Maria de Lurdes da Costa Bueno, que tinha 59 anos. Ela estava com a família em uma pousada destruída pela lama e foi identificada na noite de quinta-feira (6) por meio de exame antropológico. Segundo a polícia, era natural de São Paulo.>
Conhecida como Malu, ela era corretora de imóveis e sócia de uma imobiliária junto com o marido, em São José do Rio Pardo (SP). Ela estava passeando com a família em Brumadinho para conhecer Inhotim e estava hospedada na Pousada Nova Estância no dia da tragédia. Maria de Lurdes estava com o marido, Adriano Ribeiro da Silva, os dois filhos dele, Luiz e Camila Taliberti, e a noiva do rapaz, Fernanda Damian de Almeida. Todos morreram.>
A onda de rejeitos de minério de ferro atingiu a área administrativa da empresa e a comunidade da Vila Ferteco, deixando mortos, feridos e desaparecidos. Maria de Lourdes era uma das três pessoas desaparecidas. Duas ainda faltam ser localizadas.>
Até o momento, foram concluídos os procedimentos de identificação de 268 vítimas. Seis anos depois, as ações continuam para localizar todas as vítimas da tragédia. "Os trabalhos continuam para que sejam identificadas outras duas, do total de 270 pessoas não encontradas em virtude dos fatos ocorridos na tarde de 25 de janeiro de 2019", disse a Polícia Civil.>
Segundo o tenente Henrique Barcellos, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, na quinta-feira, foram encontrados segmentos na operação realizada. "Esses segmentos têm alta probabilidade de serem de um corpo humano. Mas a informação final será confirmada pela perícia da Polícia Civil", disse ele, na ocasião. O que veio a ser confirmado, posteriormente, pela Polícia Civil do Estado.>
As operações continuam para encontrar Tiago Tadeu Mendes da Silva e Nathália de Oliveira Porto Araújo, que ainda seguem não identificados. "A luta por justiça, encontro, memória, não repetição e direito dos familiares não pode parar", reforçou a Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos (Avabrum), criada pelos familiares dos mortos na tragédia.>