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Giuliana Mancini
Publicado em 8 de fevereiro de 2025 às 17:18
A chegada do segundo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos foi marcada por uma cena protagonizada por César Diego Justino. O corretor de imóveis, que é natural do estado de Goiás, beijou o chão do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte como forma de demonstrar o alívio e a gratidão pelo retorno ao Brasil.>
O homem chegou aos Estados Unidos no dia 1º de outubro do ano passado, com o objetivo de trabalhar e dar uma vida melhor para a família. Mas se entregou logo após a chegada.>
"Lá está muito difícil. Eu não aconselho ninguém a fazer isso [migrar ilegalmente]. Está muito sofrido. Quatro meses detido e não aconselho ninguém a fazer isso. Lá está com muito problema, deportando todos. [...] Eu cheguei lá e me entreguei às autoridades pra fazer o praxe, tudo certinho, mas não deu certo", disse, em entrevista ao g1.>
Ao todo, 111 deportados deixaram os EUA na sexta-feira (7) rumo ao Brasil. Depois de pararem em Fortaleza, 96 embarcaram, um pouco antes das 19h, para a capital mineira em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB). Eles chegaram por volta das 21h40 desta sexta-feira (7) no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Região Metropolitana. Esse foi o segundo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos neste novo mandato de Donald Trump.>
César Diego Justino comentou sobre as condições de viagem entre Alexandria, no estado da Louisiana, e Fortaleza, no Ceará. "Todos algemados, mais de 24 horas algemados, cara, muito sofrimento. Sem comida, sem água. Muita tristeza", comentou.>
"Eu não saio do Brasil mais. Nós somos ricos e não sabemos, de verdade. A riqueza nossa está aqui no Brasil", concluiu o corretor.
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