Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

Bombeiros buscam vítimas no local em que prédio desabou após explosão

O impacto da explosão, com o forte deslocamento de ar, arrancou janelas dos prédios, deixou vidros estilhaçados a mais de 2km

  • Foto do(a) author(a) Agência Brasil
  • Agência Brasil

Publicado em 19 de outubro de 2015 às 09:24

 - Atualizado há 2 anos

O desabamento do prédio da Rua São Luiz Gonzaga, em São Cristóvão, zona norte do Rio, após forte explosão por volta das 3h de desta segunda-feira (19), deixou um rastro de destruição no entorno do Largo da Cancela, local de muitos imóveis comerciais e residenciais.Explosão de grandes proporções em um prédio de dois andares, em São Cristóvão, atingiu um restaurante, uma pizzaria, uma farmácia e 11 quitinetes (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)O impacto da explosão, com o forte deslocamento de ar, arrancou janelas dos prédios, deixou vidros estilhaçados de residências localizadas a mais de 2 quilômetros de distância. O barulho foi ouvido bem longe e as pessoas acordaram assustadas, pegaram os filhos e deixaram às pressas tudo que tinham em casa.

Os prédios em frente ao local da explosão foram muito atingidos e não terão condições de funcionar hoje (19), porque tiveram as portas de aço retorcidas, as janelas e vidros quebrados e terão de passar por reforma. Na região do Largo da Cancela funciona a sede administrativa do Banco Itaú, com mais de dez andares, que teve as janelas totalmente destruídas pela explosão.

O deslocamento de ar jogou  embalagens de quentinhas que eram usadas na parte térrea do edifício, onde funcionava um restaurante, até o heliponto instalado no alto do prédio do Itaú. Uma agência do Bradesco que fica em frente também teve as janelas e portas de vidro blindex totalmente destruídas. Outras lojas comerciais próximas também foram bastante atingidas. 

O Centro de Operações da prefeitura do Rio informou que está interditado o trecho da Rua São Luiz Gonzaga, entre o Campo de São Cristóvão e o Largo da Cancela, para a ação do Corpo de Bombeiros. Há interdição também na Avenida do Exército, entre a Rua João Ricardo e o Campo de São Cristóvão.

O Colégio Pedro II, que fica no Campo de São Cristóvão, está com as aulas prejudicadas agora de manhã, devido às interdições no trânsito. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil municipal informaram que os trabalhos de busca ainda vão demorar e não há previsão para a liberação do local.

Três cães farejadores dos bombeiros trabalham nos escombros à procura de vítimas. Sete pessoas ficaram feridas e foram levadas pelos bombeiros para o Hospital Municipal Souza Aguiar. A menina Beatriz Galdino de Araújo, de 9 anos, o pai e a mãe dela, que sofreram pequenos ferimentos, já deixaram o hospital.

A mãe de Beatriz, Ana Keila, era dona do restaurante que funcionava no local. Ela contou que o dono da pizzaria ao lado, no mesmo sobrado, tinha nos fundos do comércio um depósito clandestino de botijões de gás e já tinha sido alertado do perigo do estoque.

No sobrado, além da pizzaria, da farmácia e do pequeno restaurante, funcionava na parte dos fundos 11 quitinetes que estavam todas alugadas. Os moradores perderam tudo, como móveis, roupas e objetos de louça. O forro do teto também desabou.

A costureira Marlene, que mora em uma das quitinetes, disse que ouviu uma explosão e viu tudo vindo abaixo. “O teto caindo. Só deu tempo de a gente ligar para a polícia, pedir ajuda e o Corpo de Bombeiros na mesma hora chegou e retirou [a gente].

Outro morador, Davi Alves de Souza, que mora na vila de quitinetes com a mulher Ana Maria Dias, de 63 anos, e uma filha do casal, contou como tudo aconteceu. “Eram 3h da madrugada mais ou menos. A gente acordou com um estrondo muito forte. A casa foi desabando em cima da gente, foi caindo o telhado. A gente viu fogo. Pulei em cima dela [a mulher] para protegê-la. Minha filha foi protegida por uma telha de alumínio que caiu sobre ela. Nós ficamos ilhados porque a nossa quitinete é a última, fica lá atrás e não tinha como a gente sair. Os bombeiros foram pelo outro lado e nos resgataram”, disse.

* Colaborou Vitor Abdala