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Bolsonaro passará por novas cirurgias na próxima semana; entenda o motivo

Ex-presidente fará reconstituição das alças intestinais, correção de hérnia de hiato e correção de desvio de septo nasal

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Estadão

Publicado em 4 de setembro de 2023 às 18:44

Ex-presidente Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será internado na próxima segunda-feira, 11, para a realização de três cirurgias: reconstituição das alças intestinais, correção de hérnia de hiato e correção de desvio de septo nasal. Os procedimentos serão feitos no Vila Nova Star, hospital da Zona Sul de São Paulo, onde Bolsonaro fez exames no último dia 23.

A reconstituição das alças intestinais que Bolsonaro fará semana que vem será a sexta intervenção cirúrgica por causa da facada que ele recebeu durante a campanha de 2018 na cidade de Juiz de Fora (MG).

A última foi em 9 de janeiro deste ano, nos Estados Unidos, um dia depois de manifestantes invadirem e destruírem as sedes dos Três Poderes em Brasília. Na ocasião, o ex-presidente teve dores abdominais por causa de uma aderência no intestino.

As operações foram confirmadas ao Estadão por Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação e advogado de Bolsonaro Segundo ele, o ex-presidente vai fazer as duas cirurgias abdominais - no intestino e na hérnia de hiato (para conter crises de refluxo gástrico) - conjuntamente. Elas estão marcadas para ocorrer na terça-feira, 12, dia seguinte à internação.

A operação de correção de desvio de septo - que corrige obstruções nasais - vai ser feita na sequência, dependendo do quadro clínico do ex-presidente.

O cerco tem se fechado em torno de Bolsonaro e seus apoiadores desde a última operação da Polícia Federal no caso das joias sauditas. O ex-presidente é suspeito de coordenar e se beneficiar de um esquema internacional de venda de bens de alto valor que ganhou durante agendas oficiais.

Na última quinta-feira, 31, ele e a mulher, Michelle Bolsonaro (PL), optaram por permanecer em silêncio em depoimento à Polícia Federal (PF). Mais seis investigados foram intimados para depor simultaneamente: o próprio Wajngarten; o advogado Frederick Wassef; o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o general Mauro Cesar Lourena Cid; e os ex-assessores Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara.