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Bolsonaro diz que prisão domiciliar de baiana que pichou 'perdeu, mané' no STF foi recuo tático

Cabelereira baiana está no centro de polêmica sobre penas por tentativa de golpe

  • Foto do(a) author(a) Wladmir Pinheiro
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Wladmir Pinheiro

  • Estadão

Publicado em 29 de março de 2025 às 10:54

Bolsonaro diz que prisão domiciliar de baiana que pixou 'perdeu, mané' foi recuo tático Crédito: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que a mudança para o regime de prisão domiciliar da cabelereira baiana Débora Rodrigues foi um "recuo tático" da Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu o benefício à cabeleireira de Irecê, na Bahia, que vive em Paulínia, interior de São Paulo.

"Não estamos comemorando um avanço. Estamos testemunhando um recuo tático. E ainda coberto de cinismo jurídico", afirmou Bolsonaro no X (antigo Twitter). "A vergonha ficou grande demais para sustentar", comentou.

Débora se tornou um símbolo da campanha do ex-presidente pela anistia aos presos do 8 de Janeiro. 

A determinação de Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se posicionou contra a liberdade provisória, mas a favor da mudança de regime. O procurador-geral Paulo Gonet argumentou que a Polícia Federal já concluiu as investigações e que o julgamento de Débora foi suspenso sem previsão de retomada. Ele também defendeu a prisão domiciliar com base na proteção à maternidade e no melhor interesse do menor. Débora é mãe de dois filhos.

Apesar da liberação para cumprimento da pena em casa, a baiana vai precisar usar tornozeleira eletrônica, não poderá utilizar redes sociais nem entrar em contato com os demais envolvidos no 8 de janeiro.

Débora também está proibida de conceder entrevistas a qualquer meio de comunicação, incluindo jornais, revistas, portais de notícias, sites, blogs, podcasts e outros, sejam eles nacionais ou internacionais, salvo mediante expressa autorização do STF. Ela também está proibida de receber visitas, salvo de seus advogados regularmente constituídos e com procuração nos autos e de seus pais e irmãos, além de outras pessoas previamente autorizadas pela Corte.

A cabeleireira  foi condenada a 14 anos de prisão pela participação nos atos golpistas. Ela está presa desde março do ano passado e chegou a escrever uma carta ao ministro Moraes, pedindo desculpas.

À época, a Polícia Federal solicitou a prisão de Débora porque considerou que ela poderia "encobrir os ilícitos e alterar a verdade sobre os fatos, sobretudo mediante coação a testemunhas e outros agentes envolvidos e ocultação de dados e documentos". A cabelereira foi denunciada por Paulo Gonet, procurador-geral da República, em maio de 2024.

Em novembro de 2024, ela disse que o “calor da situação” fez com que agisse sem o domínio de suas faculdades mentais. Ela contou que pagou R$ 50 em passagens de ônibus para Brasília, mas não entrou em nenhum dos prédios no dia 8 de janeiro, tendo ficado apenas na Praça dos Três Poderes.