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Bolo natalino que matou três pessoas estava envenenado e tinha arsênio, diz delegado

Mulher que fez a sobremesa e seu sobrinho-neto seguem internados

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 27 de dezembro de 2024 às 12:47

Bolo natalino
Bolo natalino Crédito: Reprodução

O bolo servido como sobremesa de uma confraternização de Natal, que matou três pessoas e deixou outras três internadas, estava envenenado. Segundo o delegado Marcos Vinícius Veloso, que conduz as investigações, foi encontrado arsênio no sangue de uma vítima fatal e de dois sobreviventes. O caso aconteceu em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.

O arsênio, substância usada para produzir arsênico, um dos venenos mais potentes do mundo, é considerada uma substância é extremamente tóxica e pode levar à morte. 

Segundo o delegado, foram analisados o sangue da mulher que preparou o bolo, do sobrinho-neto dela – uma criança de 10 anos – e da irmã dela, Neuza Denize Silva dos Anjos, que morreu. A tia, que fez o bolo e comeu duas fatias, e a criança seguem internados e estão "clinicamente estáveis", conforme boletim médico divulgado na manhã desta sexta-feira (27). Os nomes deles não foram divulgados.

Além de Neuza, que morreu de "choque pós intoxicação alimentar", outras duas pessoas morreram pouco depois de comer o bolo: Tatiana Denize Silva dos Santos e Maida Berenice Flores da Silva. Ambas tiveram parada cardiorrespiratória, segundo o hospital.

De acordo com a Polícia Civil, sete pessoas da mesma família estavam reunidas em uma casa, quando começaram a passar mal após comer o bolo, que era tradição familiar. Apenas uma delas não teria comido o bolo. Segundo o delegado Marcos Vinícius Veloso, a mulher que fez o bolo foi a única a comer duas fatias. Por conta disso, a maior concentração do veneno foi encontrada no sangue dela. A polícia investiga as hipóteses de envenenamento ou intoxicação alimentar.

Outro caso curioso é que o ex-marido da mulher que fez o bolo morreu em setembro, também por intoxicação alimentar. A morte não foi investigada pela polícia, por ter sido considerada natural, mas agora o corpo será exumado.