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Bolo com arsênio: matar com veneno aumenta pena de prisão; entenda

Três pessoas morreram e duas seguem internadas; nora de mulher que fez o bolo foi presa

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 07:30

Deise Moura dos Anjos
Deise Moura dos Anjos é suspeita de envenenar farinha usada no bolo Crédito: Reprodução

A mulher presa por suspeita de envenenar um bolo que matou três familiares em Torres (RS) pode ter a pena agravada em até 30 anos por ter usado veneno no crime. Deise Moura dos Anjos, 42 anos, é nora da mulher que fez o bolo. Para a polícia, ela agiu por conta de um desentendimento familiar antigo. As informações são do Uol.

O uso do veneno é uma das qualificadoras prevista no Código Penal brasileiro. A qualificadora é um elemento do crime que aumenta a gravidade dele na visão da lei. É isso que é levado em conta na dosimetria da pena, que pode variar de um mínimo a um máximo.  

O método é considerado insidioso e dissimulado, também por eliminar a possibilidade de defesa, por conta da aplicação oculta. Ele também demostra que há um planejamento e intenção clara em cometer o crime. Por fim, as mortes por veneno costumam ser dolorosas e lentas. 

A pena por homicídio vai de 12 a 30 anos, podendo aumentar por conta das circunstâncias. Quando há muitas qualificadoras, a pena pode ficar próxima ou chegar ao máximo permitido. "A aquisição do veneno, a escolha do momento e a administração demonstram dolo e planejamento. No caso em questão, a suspeita teria buscado evitar rastros e dificultar a investigação, o que reforça a gravidade do ato", explicou o criminalista Arthur Richardisson. 

Atenuantes podem ser considerada, como confissão espontânea, por exemplo, mas não retiram a qualificadora.

Pesquisa

Segundo a RBS, Deise chegou a pesquisar por arsênio na internet. Um relatório de dados extraídos do celular da suspeita informa que houve busca inclusive no Google shopping, pelo termo arsênio e similares".

O arsênio é um elemento usado para fabricar pesticidas. A exposição a ele pode causar intoxicação alimentar, reações de alergias, câncer se for recorrente e até a morte.

O crime aconteceu em 23 de dezembro de 2024. Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, e Tatiana Denize Silva dos Santos, 43 anos, morreram após consumir o bolo envenenado com arsênio. A substância estava na farinha usada para fazer o bolo.

Outras duas pessoas foram internadas por conta do envenenamento. Entre elas está Zeli dos Anjos, de 61 anos, sogra da suspeita, e uma criança de dez anos, que segue em estado crítico. Deise foi presa após a polícia encontrar provas de envolvimento dela no crime. O motivo seria conflito familiar de mais de 20 anos. Ela está detida no Presídio Estadual Feminino de Torres e responde por suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com emprego de veneno e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada.