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Bicheiro Rogério de Andrade será transferido para presídio federal

Ele é acusado de ser o mandante do assassinato do rival Fernando Miranda Iggnácio, genro de Castor de Andrade

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Estadão

Publicado em 29 de outubro de 2024 às 12:52

Rogério de Andrade
Rogério de Andrade Crédito: Reprodução

O bicheiro Rogério de Andrade será transferido para presídio federal, de acordo com informações do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Conforme decisão judicial, ele vai aguardar em Bangu 1 (presídio de segurança máxima do Rio) até a transferência ser realizada. A defesa dele não foi localizada.

Nesta terça-feira, 29, ele foi preso acusado novamente pelo MP de ser o mandante do assassinato do rival Fernando Miranda Iggnácio, genro de Castor de Andrade, um dos mais famosos contraventores da história do Rio, em crime ocorrido em novembro de 2020.

A ação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência. Também foi cumprido mandado de prisão contra Gilmar Eneas Lisboa. A defesa também não foi localizada.

O GAECO/MPRJ denunciou os dois à Justiça pelo homicídio qualificado de Iggnácio. Segundo as investigações, Andrade seria o mandante do crime.

Andrade já tinha sido denunciado pela morte de Iggnácio em março de 2021. No entanto, em fevereiro de 2022, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu trancar a ação penal contra o contraventor, alegando falta de provas.

Por meio de novo Procedimento Investigatório Criminal (PIC), o MP afirma que identificou não apenas sucessivas execuções protagonizadas pela disputa entre os contraventores Iggnácio e Andrade, mas a participação de uma outra pessoa no homicídio de Iggnácio.

O GAECO/MPRJ denunciou Andrade e Lisboa à Justiça pelo homicídio qualificado de Iggnácio.

Disputa entre herdeiros

Iggnácio e Andrade são, respectivamente, genro e sobrinho de Castor, que morreu vítima de um enfarte fulminante em 1997.

À época, o filho de Castor, Paulinho, era apontado como sucessor natural, mas ele foi assassinado cerca de um ano depois. Andrade chegou a responder como mandante do crime, mas foi absolvido.

Desde o falecimento do famoso contraventor, os herdeiros travam disputas pelo controle dos pontos de jogo do bicho e de máquinas caça-níqueis no Rio.