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Carol Neves
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 08:06
Luiz Carlos da Rocha, conhecido como Rochinha e advogado que fez parte da defesa de Lula durante sua prisão em Curitiba, fez postagens criticando o bilionário Elon Musk e pedindo que a rede social X seja banida do Brasil. Para Rochinha, o dono tem usado o ex-Twitter para tentar interferir na política nacional. >
No último sábado (15), Musk publicou fotos antigas de protestos a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, de 2016, sugerindo que seriam imagens de manifestações pelo impeachment de Lula. O post ocorre em meio a uma mobilização da extrema direita que está convocando atos com esse tema para março. Ao compartilhar a notícia, Rocha afirmou: "O banimento do X será inevitável na medida em que sua interferência no processo eleitoral brasileiro se intensificar: e vai se intensificar! O TSE não deve tolerar nem por um instante a ação estrangeira na nossa eleição.">
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, também se pronunciou sobre a questão, acusando Musk de "comandar o protesto bolsonarista". Ela afirmou: "Elon Musk usando o X pra comandar um protesto de bolsonaristas aqui no Brasil. Essa gente do inelegível não tem noção do que seja a palavra soberania. Bater continência pra bandeira dos EUA é pouco. Querem entregar de vez o país e nem se envergonham disso.">
Convocação>
Musk compartilhou uma postagem que convocava atos pelo impeachment de Lula. Ele interagiu com uma publicação de Mario Nawfal, crítico do presidente brasileiro e do ministro Alexandre de Moraes (STF). No post, Nawfal afirmava que manifestantes estavam organizando protestos em 120 cidades pelo impeachment de Lula, com datas previstas para março. >
Nawfal também compartilhou fotos de 2016, nas quais uma multidão aparece nas ruas pedindo o impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Musk retuitou a publicação e comentou: "Wow" (Uau).>
O X já ficou cerca de 40 dias suspenso no Brasil, no ano passado, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A rede foi multada por não retirar conteúdos da plataforma conforme ordem do STF e por destituir seus representantes legais no Brasil. A plataforma foi suspensa em 30 de agosto por determinação de Alexandre de Moraes, com a decisão sendo confirmada pela Suprema Corte. Moraes também entendeu que havia responsabilidade solidária entre o X e a Starlink para o pagamento das multas. O retorno aconteceu a partir de 8 de outubro, gradualmente.>