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Carol Neves
Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 09:52
O avião que sofreu acidente na quinta-feira (9) em Ubatuba, no litoral de São Paulo, utilizou menos pista do que tinha disponível. A pista em questão já era considera curta para um pouso seguro de uma aeronave do tipo, e o avião já aterrissou bem à frente do que seria o ponto ideal, em avaliação feita pelo CEO da Rede Voa, a concessionária que administra o avião.
No acidente, o piloto morreu, mesmo tendo passado por tentativa de reanimação após ser tirado da cabine. Um casal e duas crianças foram resgatados com vida e estão internados. A mulher, de 41 anos, tem estado grave. O marido, de 48 anos, e os filhos de 6 e 4, têm estado considerado estável.
Em entrevista ao G1 da região, Marcel Moure, o CEO do aeroporto, disse que o acidente pegou todos de surpresa. "Fomos surpreendidos. Aparentemente, pelas câmeras do nosso aeroporto, o ponto de toque da aeronave foi bem à frente daquela zebra (ponto inicial). Os 600 metros necessários (já) eram críticos para essa operação, disso não tenho dúvida. Muito crítico, e ficou menor ainda", avaliou.
Ele disse ainda que o local costuma receber helicópteros e aeronaves turboélices, e que uma aeronave daquele modelo raramente para lá. ""A aeronave a jato tem maior velocidade também para pousar. Ela pousa com mais velocidade que uma turboélice", explicou.
O avião ultrapassou a pista, passou por uma avenida e foi parar na praia, em meio a uma explosão.
A pista do aeroporto tem 940 metros de extensão, mas somente 560 metros são disponíveis para pouso. O manual da aeronave determina que quando a pista está molhada ela precisa de pelo menos 838 metros para parar.