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Elaine Sanoli
Publicado em 11 de dezembro de 2024 às 21:39
Após anúncio do aumento da Selic, taxa básica de juros da economia, para 12,25% ao ano, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) argumentou que o ajuste é "é um erro para os rumos da economia do país". A medida foi decidida pelo Copom nesta quarta-feira (11).
A Fieb argumenta que a alteração, "excessivamente restritiva", pode atingir de forma negativa a recuperação econômica a qual o país está passando, além de induzir a uma redução de investimentos, o que pode ser convertido em redução do poder de competitividade.
"A taxa de juros real no Brasil, acima de 8% ao ano, está entre as mais altas do mundo, configurando um aperto monetário desnecessário, num contexto em que a inflação acumulada em 12 meses, de 4,87%, próximo do teto da meta", explica a instituição.
Ainda de acordo com a Fieb, o Governo Federal anunciou medidas fiscais que podem diminuir em R$ 30,5 bilhões as despesas primárias para o ano de 2025 e R$ 41,2 bilhões em 2026. A ação deve fortalecer o novo arcabouço fiscal e proporcionar um alinhamento entre as políticas fiscal e monetária.
"Essas iniciativas buscam contribuir para um ambiente econômico mais estável e equilibrado, necessário para impulsionar o crescimento. Em contraponto à política monetária brasileira, bancos centrais de países desenvolvidos, como o Federal Reserve e o Banco Central Europeu, têm adotado reduções nas taxas de juros, reconhecendo a importância de estimular o crescimento econômico. Essa abordagem internacional contrasta com a elevação dos juros no Brasil, que impactam negativamente a atividade produtiva, o mercado de trabalho e a geração de renda", declara.
Para a Federação, é necessário que a estratégia seja revista, "iniciando um processo de redução da Selic para estimular investimentos e crescimento da atividade".