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Após crise do Pix, Lula diz a ministros para não subirem portaria sem permissão

No Planalto, entende-se que recuo foi pouco para recuperar imagem do governo

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 10:46

Lula
Lula Crédito: Reprodução

O presidente Lula (PT) orientou seus ministros, durante a primeira reunião ministerial de 2025, realizada nesta segunda-feira (20), que todas as portarias significativas das secretarias do governo devem ser previamente analisadas pela Casa Civil.

O recado vem após o episódio confuso envolvendo mudanças no Pix, ocorrido na semana passada, que gerou repercussão negativa. Segundo o Uol, no Planalto reconhece-se que essa situação foi um dos maiores contratempos do governo nos dois anos de mandato e que o recuo feito diante da crise foi uma tentativa ineficaz de conter os danos.

Lula afirmou que, a partir de agora, nenhum ministro poderá editar portarias que possam gerar confusão sem a aprovação da Presidência ou da Casa Civil. Ele ressaltou que, frequentemente, medidas aparentemente pequenas podem se transformar em grandes problemas, como aconteceu com a portaria que aumentava a fiscalização do Pix. Embora tenha sido publicada em outubro do ano anterior, a medida só entrou em vigor em janeiro, quando a oposição explorou o tema com a disseminação de fake news, afetando a imagem do governo.

Alerta aceso

O episódio também acendeu um alerta para 2026, com críticas internas sobre como o governo lidou com a crise. Inicialmente, o governo tentou desmentir as informações falsas, com a participação de Lula, mas logo perdeu o timing, especialmente quando comerciantes passaram a negar pagamentos ou cobrar taxas extras.

Além disso, o presidente expressou preocupação com a inflação, em particular com o aumento contínuo dos preços dos alimentos e combustíveis. A alta nos preços dos alimentos, que foi uma das promessas de Lula durante a campanha de 2022, continua sendo uma preocupação, e será um dos principais focos da equipe econômica nos próximos dois anos. Lula afirmou: "Agora é reconstrução, união e comida barata na mesa do trabalhador".

A reunião também marcou o retorno de Sidônio Palmeira à Secretaria de Comunicação Social (Seco;), no lugar de Paulo Pimenta, e ele foi encarregado de coordenar ações entre os ministérios, com liberdade para sugerir mudanças e cobrar ajustes nas estratégias de outros setores.

Lula cobrou maior eficiência e resultados concretos que impactem diretamente a vida da população. Ele ressaltou que, embora tivesse previsto 2024 como o "ano da colheita", a falta de entregas fez com que essa expectativa fosse adiada para 2025. Agora, o presidente exige resultados tangíveis sem mais desculpas.

Nos bastidores, já se comenta que a campanha para 2026 está em andamento. Após o susto com a crise do Pix, espera-se que Lula cobre ainda mais dos seus ministros, ao mesmo tempo em que reforça as alianças com partidos como o MDB e o PSD, buscando fortalecer a base de apoio no Congresso e preparar o terreno para as futuras eleições. Como o próprio presidente disse: "A eleição do ano que vem já começou."