Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

'Ao invés de chorar, caia na realidade', diz Lula sobre Bolsonaro se tornar réu

Presidente comenta decisão do STF durante visita ao Japão e defende que Justiça siga seu curso

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 27 de março de 2025 às 08:11

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de boas-vindas. Palácio Imperial do Japão
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de boas-vindas. Palácio Imperial do Japão Crédito: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (27), em Tóquio, que o ex-presidente Jair Bolsonaro precisa "cair na realidade" após ter se tornado réu no processo que investiga tentativa de golpe de Estado. Em declarações à imprensa, Lula disse ser "visível que o ex-presidente tentou dar um golpe no país", referindo-se à decisão unânime da Primeira Turma do STF que aceitou a denúncia contra Bolsonaro e outros sete acusados.

"Ele sabe que o que tentou fazer não foi correto. Não adianta ficar fazendo bravata dizendo que está sendo perseguido", afirmou Lula, acrescentando que o pedido de anistia feito por Bolsonaro antes do julgamento seria uma forma implícita de admitir culpa. O presidente petista defendeu que o processo siga seu curso legal: "Se nos autos do processo ele for inocente, que seja inocentado. Se for culpado, que seja punido".

Durante a coletiva, Lula enfatizou que o julgamento transcende a figura de Bolsonaro. "Não é o homem que está sendo julgado, é um golpe de Estado. É a conduta desse cidadão que está sendo julgada", disse, completando que, se condenado, o ex-presidente deverá "se contentar com a punição como qualquer um dos 213 milhões de brasileiros".

Em paralelo às declarações sobre o caso, Lula destacou os objetivos de sua visita oficial ao Japão, onde está acompanhado pelos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta. O mandatário anunciou a previsão de assinatura de dez acordos de cooperação bilateral em diversas áreas, além de parcerias empresariais e acadêmicas. Entre os temas prioritários, citou a agenda climática - com destaque para o potencial aumento do uso de etanol na gasolina japonesa - e a expectativa de novos investimentos de montadoras nipônicas no Brasil para produção de veículos elétricos e híbridos.

Lula também mencionou a importância de avançar nas negociações para um acordo comercial entre Mercosul e Japão, ressaltando a necessidade de reaproximação entre os dois países após o que classificou como uma década de relações pouco dinâmicas. "Em um mundo cada vez mais complexo, é fundamental que parceiros históricos se unam para enfrentar as incertezas e instabilidades da economia", concluiu o presidente, que deve retornar ao Brasil no final desta semana.