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Elaine Sanoli
Carol Neves
Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 16:47
Após realização da perícia no sangue das vítimas e ingredientes do bolo que deixou três mulheres da mesma família mortas na cidade de Torres, no Rio Grande do Sul (RS), foi confirmada a presença de altas concentrações de arsênio. De acordo com a diretora-geral do Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul, Marguet Mittmann, uma das amostras registrou uma quantidade até 2,7 mil acima do aceitável.
“Foram encontradas concentrações altíssimas de arsênio em amostras de sangue, urina e conteúdo estomacal das três vitimas. [Os níveis] são tão elevados que são considerados tóxicos e letálicos, por isso foram mortas. Para se ter ideia, 35 microgramas já são suficientes para causar a morte de uma pessoa. Em uma das vítimas, havia concentração 350 vezes maior do que a literatura permite”, explicou a diretora.
Além das amostras dos corpos das vítimas, a farinha de trigo utilizada no bolo também foi analisada. Das 89 amostras apuradas, em pelo menos uma delas a quantidade da substância que matou as vítimas era 2,7 mil maior do que o aceitável.
*Com informações do portal Metópoles.
Quatro mulheres e uma criança de dez anos foram hospitalizadas após passar mal comendo um bolo. Os pacientes deram entrada na noite de 23 de dezembro no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes. Duas delas morreram ainda na madrugada do dia 24 e uma terceira morreu na noite do mesmo dia. A quarta adulta permanece na UTI e a criança está internada também em estado grave.
As vítimas foram identificadas como Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, Tatiana Denize Silva dos Santos, 43 anos, e Neuza Denize Silva dos Anjos, 65. Maida e Neuza eram irmãs. Tatiana era sobrinha de Maida e filha de Neuza.