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‘Algo pessoal contra mim’, diz Bolsonaro após julgamento que o tornou réu no STF

Ex-presidente e mais sete aliados agora serão julgados por participação em suposto plano de golpe

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 26 de março de 2025 às 17:20

Bolsonaro criticou Moraes e voltou a
Bolsonaro criticou Moraes e urnas eletrônicas Crédito: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu declarações à imprensa após ter se tornado réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de tentativa de golpe de estado. Bolsonaro disse, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (26), que o ministro do STF Alexandre de Moraes tem “algo pessoal” contra ele e que as “acusações são muito graves e infundadas”.

Além do ex-presidente, outros sete aliados também se tornaram réus após decisão unânime da Primeira Turma do STF e Bolsonaro é apontado como líder do suposto plano de golpe de estado. Em sua fala, ele também acusou Moraes de manipular o inquérito. “[Alexandre de Moraes] bota o que ele quer lá [no inquérito], por isso seus inquéritos são secretos ou confidenciais”, disse.

Ainda durante a coletiva, o ex-presidente também se defendeu da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) de que ele teria convocado comandantes das Forças Armadas para avisá-los de uma possível ruptura da democracia por estado de sítio.

"Nem atos preparatórios houveram para isso, se é que para você trabalhar com dispositivo constitucional é sinal de golpe. Golpe não tem lei, não tem norma. Golpe tem conspiração com a imprensa, o parlamento, setores do poder Judiciário, setores da economia, fora do Brasil. Forças Armadas em primeiro lugar, sociedade, empresários, agricultores. Aí você começa a gestar um hipotético golpe, nada disso houve", disse Bolsonaro.

Ele também voltou a atacar as urnas eletrônicas e levantar desconfianças infundadas sobre dispositivo de votação. “Não sou obrigado a confiar, a acreditar no programador [das urnas]. Confio na máquina, não sou obrigado a confiar no programador”, finalizou.

Celso Villardi, advogado de Bolsonaro no caso, defendeu a tese de que se criou uma “narrativa sobre o 8 de janeiro” para acusar o ex-presidente de ter ligação com as ações que culminaram no ato antidemocrático de 2023.

“Quando se fala da materialidade, estamos falando do dia 8 de janeiro, algo com o qual o presidente não esteve envolvido. Só na denúncia é que surge esse suposto envolvimento, porque nem no relator da Policia Federal isso apareceu”, completou.

De quais crimes Bolsonaro é acusado?

A decisão do STF torna Bolsonaro e outros sete aliados réus acusados de cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de estado, tentativa de abolição violenta do estado democrático, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 43 anos de prisão.

Também respondem ao processo Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Abin), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro).