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Millena Marques
Publicado em 20 de novembro de 2024 às 19:03
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, marcou uma nova audiência para ouvir Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A sessão acontecerá nesta quinta-feira (21). As informações são do Correio Braziliense.
Mauro Cid é um dos acusados de envolvimento em um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF.
O novo depoimento será prestado após a Polícia Federal identificar contradições na oitiva da última terça-feira (19). Na sede da PF, Mauro Cid negou conhecimento e participação no plano, chamado de ‘Punhal Verde e Amarelo’. O militar também não conseguiu explicar por que apagou dados do computador.
Plano
A Polícia Federal apreendeu documentos em que militares falam do plano para assassinar o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Quatro militares do Exército e um policial federal foram presos em uma operação nesta terça-feira (19) por suspeita de planejar um golpe de Estado e atentado.
Trechos desse documento, nomeado como "Planejamento Punhal Verde Amarelo", foram enviados pela PF ao STF para ajudar a embasar o pedido de prisão dos cinco suspeitos. "Considerando todo o contexto da investigação, o documento descreve um planejamento de sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes", afirmou a PF.
Os outros alvos eram tratados no documento por códigos. Jeca, segundo a PF, era um codinome para Lula. Joca seria Geraldo Alckmin. Um terceiro codinome, Juca, também foi usado, mas a PF ainda não conseguiu identificar a quem se referia. As informações foram divulgadas pela TV Globo.
Segundo a PF, o material em questão foi localizado em um dispositivo eletrônico que pertence ao general de brigada Mário Fernandes. Ele é considerado um dos militares mais radicais do país, com influência nos acampamentos que foram montados pelo país depois que Bolsonaro perdeu a eleição para Lula, em 2022.
No planejamento, os militares tratam de demandas operacionais e logísticas que seriam necessárias para que o plano fosse concretizado. Há também o que chama de "condições de execução", que são as circunstâncias que permitiriam a concretização da morte da chapa eleita.