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Agência dos EUA proíbe corante vermelho em alimentos e remédios; substância é usada no Brasil

No Brasil, a eritrosina ainda é encontrada em alimentos como balas, cerejas em calda e gelatina

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 08:56

FDA
FDA Crédito: Shutterstock

A Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) anunciou nesta quarta-feira (15) a proibição da eritrosina, um corante vermelho utilizado em alimentos e medicamentos. O corante, presente em produtos como bebidas, doces, balas, bolos e cerejas em conserva, será removido da lista de aditivos aprovados pela agência.

A medida ocorre quase 35 anos após a substância ser banida de cosméticos devido a estudos que associaram seu uso a casos de câncer em camundongos. Grupos de defesa do consumidor e alguns legisladores pressionavam há anos pela retirada do corante do mercado americano, citando possíveis riscos à saúde. Na Califórnia, a eritrosina já havia sido proibida desde 2023.

Segundo Jim Jones, vice-comissário da FDA para alimentos humanos, a agência está adotando medidas para retirar a autorização de uso do corante vermelho n.º 3 em alimentos e medicamentos ingeridos. As empresas terão até janeiro de 2027 para reformular seus produtos, enquanto fabricantes de suplementos alimentares terão mais um ano de prazo.

A eritrosina, aprovada nos EUA em 1907, é um aditivo derivado do petróleo e é conhecida por sua cor que varia do rosa ao vermelho. Ela já foi associada a tumores em ratos em estudos da década de 1980, devido a um mecanismo hormonal específico desses animais, o que resultou na proibição atual.

Além dos EUA, a substância já é restrita ou proibida em países como Austrália, Japão e na União Europeia. Algumas empresas americanas também começaram a retirar o corante de seus produtos. No Brasil, a eritrosina ainda é encontrada em alimentos como balas, cerejas em calda e gelatinas.