Advogado de suspeita de jogar ácido em jovem alega que ela tem distúrbios mentais e vai pedir cela especial

Segundo advogado, a integridade física da jovem corre risco

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Publicado em 29 de maio de 2024 às 09:31

Isabelly Aparecida Ferreira Moro, de 23 anos, foi atacada com ácido em rua no Paraná
Isabelly Aparecida Ferreira Moro, de 23 anos, foi atacada com ácido em rua no Paraná Crédito: Reprodução

A defesa de Débora Custódio, 22, que confessou ter jogado soda cáustica no rosto de uma jovem de 23 anos no Paraná pediu cela especial para ela. A defesa alega que a integridade física dela corre risco.

"Ela tem recebido um tratamento diferenciado, desonroso, olhada como invejosa, aquela pessoa que é perigosa. A integridade física da Débora está comprometida", explicou o advogado Jean Campos.

Ainda segundo o advogado, Débora está arrependida do crime. "Hoje, em conversa com ela, ela falou 'olha, eu estou arrependida, sinto muito, não deveria ter feito isso'. Queremos deixar claro que ela deve ser responsabilizada, mas na medida da sua culpa", disse o advogado.

A defesa diz ainda que Débora pode ter algum distúrbio mental e que por isso vai pedir uma avaliação psicológica da cliente. "Nós percebemos que Débora possui uma disfunção cognitiva, a fala dela é prejudicada quando perguntamos algumas coisas, o raciocínio é um pouco debilitado. Acreditamos que ela possui um distúrbio mental. Segundo a família, ela sempre teve dificuldades de se relacionar, seja com membros da família ou até amigos", argumentou.

Outra alegação é de que o crime deveria ser enquadrado como lesão corporal e não tentativa de homicídio. "Nós vemos que essa fala da autoridade policial é um fala exagerada. Justamente porque se analisarmos a conduta da Débora, nós vemos que em nenhum momento o intuito dela era tirar a vida ou causar dano à vida da jovem. Nós acreditamos que é exagerada, e que no máximo Débora deveria responder por um crime lesão corporal de natureza leve, com pena de alguns meses", afirma o advogado.