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Flavio Oliveira
Publicado em 13 de novembro de 2024 às 21:53
O advogado baiano Lucas Matos, 34 anos, estava no STF no momento das explosões na Praça dos Três Poderes. Ele disse que saía do tribunal quando ouviu um som de explosivo muito alto e um clarão muito forte. Ele estava com um grupo já perto da porta de entrada, e que seguranças do Supremo foram rápidos. O grupo foi orientado a sair pelos fundos do prédio.
“Saímos em segurança e soubemos que o rapaz se matou. Não vimos o corpo”, disse. Além da tensão e das dúvidas provocadas pela situação, uma grande preocupação vivida pelo baiano foi a d e tranquilizar parentes e amigos que sabiam que ele estava no STF naquele momento.
Ele participava da sessão em que a corte discutia a letalidade das ações policiais nos morros cariocas, em uma ação que pode trazer mudanças nas políticas de segurança pública de todo o país. Ele fez a sustentação oral do Instituto de Estudos Religiosos do Rio de Janeiro (Iser), uma das entidades interessadas no julgamento inscrita como amicus curiae do processo.
“A sessão já tinha se encerrado. Estava com um grupo de advogados que participaram ou acompanhara a sessão plenária”, disse. Lucas descreveu um clima de grande tensão dentro do STF, com a equipe de segurança em um corre-corre agitado. Mas ao mesmo tempo, com muita segurança. Tanto que, naquele momento, o grupo conseguiu acessar transporte público e por aplicativos para deixar o local.
“Ainda não temos uma leitura do que aconteceu. São poucas as informações disponíveis”, falou, o que, para ele, aumenta a tensão envolvendo o episódio