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Carol Neves
Publicado em 6 de março de 2025 às 07:22
O corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi encontrado na tarde da quarta-feira (5) em uma área de mata em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo. A adolescente estava desaparecida há sete dias. O corpo foi identificado pelas tatuagens, conforme relatado pelo delegado Aldo Galiano, da seccional da região, ao programa Brasil Urgente (TV Bandeirantes). A Polícia Civil aguarda os resultados da perícia, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). >
Vitória foi encontrada decapitada, com marcas de violência no corpo e o cabelo raspado. O delegado Galiano descreveu a cena como "uma morte cruel", sugerindo que ela foi torturada e que o crime pode ter motivação de vingança. Ele destacou que as mãos da vítima estavam enroladas em sacos plásticos, possivelmente para evitar que resquícios de DNA do assassino fossem deixados. A polícia, no entanto, solicitou exames de DNA.>
Galiano também mencionou que o local onde o corpo foi encontrado é de difícil acesso, indicando que o criminoso conhecia a região. "Creio que, pela crueldade, uma pessoa (só) não conseguiria fazer isso. Quem cometeu esse crime conhece a área, pois o local só é acessível para quem sabe chegar lá", afirmou. Ele ainda ressaltou que o corpo foi encontrado em uma passagem desmatada, o que reforça a tese de que o autor do crime tinha familiaridade com o entorno.>
O advogado da família, Fábio Costa, afirmou que a polícia tem três suspeitos, mas não forneceu detalhes. Ele acredita que o crime foi cometido por motivação passional ou vingança, descartando a hipótese de um crime de oportunidade. "Pela minha experiência, não é um crime onde alguém passou, a viu e decidiu agir. Acredito que ela era alvo", disse.>
Desaparecimento>
Vitória desapareceu após sair do trabalho em um restaurante de um shopping e pegar um ônibus para casa. Em mensagens trocadas com uma amiga pelo WhatsApp, ela relatou sentir medo de dois homens que estavam no ponto de ônibus. A amiga sugeriu que ela tirasse fotos deles, mas Vitória expressou receio de ser vista. Ela embarcou no ônibus e informou que um dos homens também entrou no veículo. Mais tarde, ela desceu e relatou alívio ao ver que o homem continuou no ônibus. No entanto, testemunhas relataram à polícia que um carro com quatro homens teria seguido a jovem após ela descer do coletivo e caminhar em direção à sua casa.>
A adolescente foi vista pela última vez no bairro Ponunduva, onde mora sua família. Ela vestia uma camiseta cinza, calça legging preta, tênis branco e carregava uma sacola rosa. O pai de Vitória explicou aos policiais que sempre buscava a filha no ponto de ônibus, mas naquele dia seu carro estava na oficina, e ela faria o trajeto a pé. Durante as buscas, um corpo foi encontrado, mas não era o dela.>
As operações de busca mobilizaram mais de 100 agentes e contaram com o auxílio de drones e cães farejadores do canil da Guarda Municipal de Cajamar. A área de buscas foi ampliada para bairros vizinhos. Até o momento, ninguém foi preso, e o caso segue em investigação pela Delegacia de Cajamar.>