Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

A torcida do fim do 6x1: quem não tem fim de semana com a família e sonha com os dias de glória

Trabalhadores contam como a rotina exaustiva afeta relações familiares e saúde mental

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 14 de novembro de 2024 às 05:58

Discussão começou com o VAT
Discussão começou com o VAT Crédito: Movimento VAT/ @movimentovat

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê o fim da escala 6x1 foi um dos principais assuntos nas redes sociais nos últimos dias. O texto, que sugere a mudança das 44 horas de trabalho para 36 horas, é o sonho da estudante Verena*, de 22 anos, que trabalha em uma famosa rede de hotelaria em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS)

“Enxergo um futuro melhor para nós CLTs, com mais tempo para amigos e familiares. Possibilidade de melhorar o currículo fazendo cursos e aprimorando os conhecimentos”, disse ao CORREIO.

No setor administrativo da rede há dois anos, Verena explicou que folga, no mês, em apenas dois domingos, escolhidos pela empresa, e em duas quartas. Com uma carga horária diária de 7 horas e 20 minutos, os dias de descanso geralmente são utilizados para resolver problemas. “É uma escala muito puxada. Nos dias de folga, eu acabo indo ao médico, visitando algum parente, acaba que não descanso. É sempre um dia de compromisso”, relatou.

Entre fevereiro e maio deste ano, Fernando Henrique* trabalhou na mesma escala, mas no Polo Petroquímico da cidade. "É uma escala muito desumana porque além de trabalhar 6x1, era no 3° turno", contou. No caso dele, a jornada começava às 22h e terminava às 6h do dia seguinte. A única folga da escala começava no sábado, por volta das 7h30, e terminava no domingo à noite.

"Na folga, eu ficava imaginando se descansava devido a semana desgastante, estudava ou arrumava a casa, sem falar as coisas que teria que resolver. Eu julgava a galera que era dessa escala porque era uma galera fechada, sem brilho e sem alegria, porém, quando senti na pele o que era essa rotina, eu percebia que não era a pessoa, mas sim a rotina que deixava ela assim", complementou Fernando, que hoje trabalha numa escala 6x2 (seis dias de trabalho e dois de folga).

Nesta quarta-feira (13), a PEC, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), alcançou 194 assinaturas e vai tramitar no Congresso Nacional.

*Nomes fictícios

*Orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro