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Da Redação
Publicado em 10 de março de 2020 às 10:48
- Atualizado há 2 anos
Foi deflagrada nesta terça-feira (10) a greve dos vigilantes no estado da Bahia. Por conta da paralisação, oito museus administrados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) foram fechados por tempo indeterminado. >
Os museus que estarão sem funcionar são: Museu de Arte Moderna da Bahia; Museu de Arte da Bahia; Palacete das Artes; Centro Cultural Solar Ferrão; Museu Tempostal; Museu Udo Knoff; Parque Histórico Castro Alves e Museu Recolhimento dos Humildes.>
O anúncio foi feito através do Instagram do Museu de Arte da Bahia, administrado pelo órgão. A publicação também explica que as atividades serão retomadas após o encerramento da paralisação.>
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, algumas agências bancárias também foram atingidas. Ainda não se sabe a quantidade exata, mas os bancos estão divididos entre os que abriram normalmente, os que funcionam sem transações em dinheiro e os que fecharam.>
A recomendação do sindicato é de que no caso da ausência de vigilantes, a agência seja fechada para a segurança dos funcionários e clientes. >
Não há informação detalhada sobre quais agências de quais bancos fecharam ou funcionam parcialmente, por isso a recomendação é de que o cliente deve ligar para o local antes de ir realizar alguma operação financeira.>
Reivindicações As reinvindicações dos vigilantes são um aumento de 13% nos salários (sendo 8% correção da inflação de 2018 e 2019 e 5% de ganho real), além do do ticket alimentação subir de R$ 13 por dia para R$ 23. Os patrões oferecem um aumento de 1,5% no salário.>
De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vilância do Estado da Bahia (Sindvigilantes), José Boaventura, entre 2019 e 2020 foram realizadas, sem sucesso, 14 rodadas de negociação com os patrões - representados pelo Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp).>
Ainda segundo José Boaventura, a categoria não recebe reajuste no salário desde 2018. Após o início da greve, o Sindesp chamou o Sindvigilantes para negociação, mas ainda não há nenhum encontro marcado.>
Os vigilantes se reuniram na manhã desta terça na frente do sindicato, em Nazaré. Um ato deve acontecer ao longo do dia e no fim da tarde será realizada uma assembleia para avaliar as primeiras horas da paralisação.>
Com a greve, além dos museus, bancos, órgãos públicos, previdência social, escolas, hospitais, faculdades, comércio, shoppings devem ser afetados.>
Estranheza O Sindesp recebeu com estranheza e surpresa a deflagração da greve. Em entrevista ao CORREIO, Paulo Cruz, presidente da entidade, lamentou a atitude de membros do Sindvigilantes que, segundo ele, impediram o acesso de clientes a algumas agências bancárias.>
"É uma mistura de estranheza e surpresa, mas as negociações continuam. Jamais fechamos a porta e dissemos que as conversas estavam encerradas. Vamos tomar as medidas judiciais cabivéis, pois há alguns membros do sindicato tirando a força e impedindo que as pessoas entrem em agências bancárias", lamentou.>